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Análise sensorial dos cafés especiais da região das Matas de Minas cultivados em diferentes condições ambientais

RESUMO

Os cafés especiais podem ser diferenciados por diversas formas, incluindo as condições ambientais em que são produzidos e a composição sensorial da bebida. Objetivou-se avaliar neste trabalho o efeito dos fatores altitude, face de exposição solar e cor do fruto nos atributos sensoriais dos cafés da região das Matas de Minas. Nas lavouras, pontos amostrais foram georreferenciados em quatro extratos de altitude (< 700 m; 700 ≤ x ≤ 825 m, 825 < x < 950 m e ≥ 950 m); duas cores de fruto da variedade Catuaí (amarelo e vermelho); e duas faces de exposição solar (Noroeste e Sudeste ). Foram utilizados cafés no estádio "cereja", que foram beneficiados e submetidos à análise sensorial. Foram avaliados os atributos sensoriais percepção geral, bebida limpa, balanço, retrogosto, doçura, acidez, corpo e sabor, compondo assim o escore final. As notas foram submetidas à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). Do ponto de vista sensorial, os frutos de café de ambas as cores se mostram semelhantes, assim como os cafés localizados em ambas as faces quando esses fatores foram analisados isoladamente. Entretanto, em maiores altitudes o café Catuaí Amarelo produz cafés de melhor qualidade sensorial. Da mesma forma, os cafés da face Noroeste, em maiores altitudes produzem cafés de melhor qualidade. A altitude é o fator que mais interfere na qualidade dos cafés da região. A atuação em conjunto de todos os fatores contribui para a qualidade final da bebida produzida nas Matas de Minas.

Palavras-chave:
Coffea arabica; qualidade de bebida; altitude; face de exposição; cor do fruto

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