A necessidade de obtenção de cultivares de trigo tolerantes ao calor, para a consequente expansão da área de cultivo para regiões mais quentes, é premente, diante da alta demanda desse cereal para alimentação humana. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da temperatura elevada sobre a produtividade de grãos de trigo e os componentes da produção, além de caracterizar genótipos de trigo quanto à tolerância ao calor em diferentes estádios de desenvolvimento. Os genótipos foram avaliados em campo, em presença e ausência de estresse de calor. A temperatura elevada reduziu o número de espiguetas/espiga (21%), número de grãos por espiga (39%), número de grãos por espigueta (23%), massa de mil grãos (27%) e produtividade de grãos (79%). Os cultivares MGS 1 Aliança, Embrapa 42, IAC 24-Tucuruí e IAC 364-Tucuruí III são mais tolerantes ao estresse de calor entre o estádio de duplo anel e espigueta terminal; MGS 1 Aliança, BRS 264, IAC 24-Tucuruí, IAC 364-Tucuruí III e VI 98053, entre a meiose e a antese; e BRS 254, IAC 24-Tucuruí, IAC 364-Tucuruí III e VI 98053, entre a antese e a maturação fisiológica. A temperatura elevada diminui a produtividade de grãos e os componentes da produção. O número de grãos/espiga é o componente que mais se reduz sob condições de estresse de calor. Os genótipos de trigo diferem quanto ao estádio fenológico em que são mais tolerantes ao estresse de calo
Triticum aestivum; melhoramento genético; estresse abiótico; temperatura elevada