RESUMO
Em áreas cultivadas no Sistema Plantio Direto, pode-se elevar a disponibilidade de fósforo por meio da adubação corretiva gradual, aplicando-se, no sulco de semeadura, quantidade de P superior à requerida pela cultura. Este trabalho foi realizado com o objetivo de se estabelecer a quantidade de P a ser aplicada no cultivo de soja, visando a elevação do teor de P para valores pré-estabelecidos, na camada de 0 a 0,10 m de profundidade. Conduziu-se um experimento em Latossolo Vermelho distroférrico típico, textura muito argilosa, com delineamento experimental de blocos ao acaso, distribuído em parcelas sub-subdivididas, com quatro repetições. Foram avaliadas duas formas de cultivo de soja (solteiro e consorciado com Panicum maximum Jaca cv. Aruana) nas parcelas; quatro doses de P (0, 60, 120 e 180 kg ha-1 de P2O5) aplicadas no primeiro ano, nas subparcelas; e quatro doses de P (0, 30, 60 e 90 kg ha-1 de P2O5) aplicadas em dois cultivos subsequentes, nas sub-subparcelas. Efetuou-se a extração dos teores de P por Mehlich-1 e Resina de Troca Aniônica em amostras de solo coletadas nas sub-subparcelas. Verificou-se que há necessidade da aplicação de 19,4 ou 11,1 kg ha-1 de P2O5 na semeadura da soja, usando-se superfosfato triplo como fonte, para a elevação de 1 mg dm-3 de P extraído por Mehlich-1 ou Resina, respectivamente, na camada de 0,0 a 0,10 m de profundidade. Há diminuição do caráter dreno de P do solo, a medida em que se aumenta a quantidade do nutriente fornecida no cultivo anterior.
Palavras-chave:
adubação corretiva; superfostato triplo; Mehlich-1; Resina Trocadora de Ânions