O objetivo deste estudo foi desenvolver uma formulação à base de Aloe vera para uso tópico em casco de cavalos, e avaliar se existe efeito do tratamento no crescimento e equilíbrio dos cascos. Foram utilizados seis cavalos hígidos, machos, com idade entre três e 17 anos (12 ± 5,25), usados para reprodução e mantidos em regime de semiconfinamento. Antes de iniciar o tratamento com A. vera, os animais foram submetidos a dois casqueamentos, com intervalo de 45 dias. Após o segundo casqueamento, um dos cascos dos membros torácicos e pélvicos de quatro cavalos foi semanalmente tratado, por via tópica, com o extrato glicólico de A. vera, a 20%. O membro contralateral recebeu o extrato a 50%, sendo a escolha ao acaso. Os cascos dos outros dois animais foram tratados apenas com propilenoglicol. O tratamento foi efetuado durante 225 dias e, nesse período, os animais foram submetidos a casqueamentos periódicos. As variáveis relacionadas com o crescimento e equilíbrio dos cascos foram mensuradas antes e após cada casqueamento. Os dados foram analisados pelo teste qui-quadrado e pela análise de regressão a 5% de significância. A taxa de crescimento dos cascos foi independente do tratamento realizado. Por outro lado, o extrato da planta a 50% esteve associado (p<0,05) ao maior número de cascos em equilíbrio. Os resultados obtidos sugerem que o tratamento tópico semanal com extrato glicólico de A. vera não melhora a taxa de crescimento do casco, mas quando aplicado em alta concentração resulta em melhoria do seu equilíbrio.
equinos; casqueamento; fitoterapia
