Este estudo testa e confirma a hipótese de que os custos das empresas brasileiras apresentam elasticidade assimétrica em relação a variações nas receitas, ou seja, que os custos aumentam com maior intensidade quando a receita aumenta do que no sentido oposto, conforme evidências empíricas recentes com empresas norte-americanas. Ao contrário da evidência, no entanto, essa assimetria não parece diminuir quando se consideram períodos maiores do que um exercício. A confirmação de uma possível reversão parcial da assimetria quando se consideram períodos defasados, observada em pesquisas anteriores, é confirmada no estudo. A metodologia utilizada envolve diferentes tipos de regressão em panel data. O artigo pretende contribuir para o melhor conhecimento do comportamento dos custos das empresas brasileiras em relação a variações no seu nível de atividade, tema relevante para a sua administração, para os contadores e para os analistas financeiros externos. Utilizando uma amostra de 198 empresas num período de 17 anos, constatou-se que os modelos de custos assimétricos propostos por Anderson, Banker e Janakiraman (2003) são, parcialmente, aplicáveis ao Brasil.
Comportamento Assimétrico; Custos; Empresas Brasileiras; Testes Empíricos