JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O presente estudo objetivou identificar a influência da dor crônica no prejuízo da atividade laboral de pacientes atendidos no Serviço de Dor Crônica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. MÉTODOS: Realizou-se um estudo descritivo e transversal, com pacientes em tratamento de dor, por meio de dois questionários. Para obtenção dos dados clínicos, sociodemográficos, terapêuticos e ocupacionais foi elaborado uma ficha-protocolo, com questões acerca do gênero, idade, escolaridade, caracterização da dor, interferência da dor, tratamento proposto e status ocupacional. Para avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o Medical Outcomes Study 36- Item Short-Form Health Survey (SF36). RESULTADOS: Foram entrevistados 74 pacientes, dos quais 25 (34%) eram do gênero masculino e 49 (66%) do gênero feminino. Cerca de 30% realizavam atividades de trabalho, enquanto 74,3% estavam inativos. Mais de 47% dos pacientes em atividade afirmaram que a dor sempre piorava durante a realização das atividades. Já no grupo de pacientes inativos, esta porcentagem foi de 80%. Houve diferença estatisticamente significante nos domínios "capacidade funcional", "dor", "vitalidade" e "aspectos sociais", sendo que o grupo de pacientes inativos apresentou os piores valores. CONCLUSÃO: Os pacientes entrevistados estavam predominantemente afastados de suas atividades de trabalho. Além disso, a maioria relatou que a realização das atividades laborais piora sempre o quadro álgico. Observou-se que o domínio que mais contribuiu para baixos valores no questionário SF36, foi aquele relacionado às limitações físicas no desempenho das atividades diárias e de trabalho.
Atividade laboral; Dor crônica; Qualidade de vida