RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
As disfunções temporomandibulares são consideradas a principal causa de dor crônica na região orofacial. Muitos pacientes consideram a automedicação um meio rápido e suficiente para resolver o problema da dor e não procuram um profissional. Apesar da considerável implicação clínica da prática da automedicação em disfunções temporomandibulares, o assunto é pouco discutido na literatura da área. O objetivo deste estudo foi avaliar por meio da técnica do grupo focal, a opinião e percepção de especialistas em disfunções temporomandibulares/dor orofacial sobre a automedicação associada às disfunções temporomandibulares.
MÉTODOS:
O grupo focal é uma técnica de metodologia qualitativa que, por meio da interação entre participantes, objetiva colher dados a partir de uma discussão focada em tópicos específicos. Por intermédio da fala, os sujeitos expressam seus conhecimentos, crenças, atitudes e percepções de forma livre, contribuindo para o entendimento aprofundado a respeito de um tema central. Participaram da dinâmica cinco especialistas em disfunções temporomandibulares/dor orofacial e um moderador que conduziu a discussão. Os seguintes tópicos foram abordados: disfunções temporomandibulares, dor orofacial, fármacos utilizados, opinião/atitudes com relação à automedicação, atendimento/tratamento das disfunções temporomandibulares. As falas foram registradas através da gravação de áudio e vídeo para que posteriormente pudesse ser feita a análise dos dados.
RESULTADOS:
A automedicação associada às disfunções temporomandibulares foi apontada pelos especialistas como extremamente frequente e prejudicial ao quadro, sendo destacado o consumo excessivo de analgésicos e maior ocorrência da prática nos quadros musculares.
CONCLUSÃO:
Enfatizou-se o impacto clínico da automedicação no tratamento das disfunções temporomandibulares, destacando-se a influência da prática no agravamento e até mesmo na cronificação do distúrbio.
Descritores:
Automedicação; Disfunções temporomandibulares; Grupo focal