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Prevalência de dor crônica autorreferida e intercorrências na saúde dos idosos

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor crônica é um problema de saúde pública que provoca prejuízos pessoais e sociais. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de dor crônica e a repercussão na saúde dos idosos.

MÉTODOS:

Realizou-se um estudo transversal de base populacional com 416 idosos residentes em município no Sul do Brasil. Coletaram-se os dados por inquérito domiciliar com o questionário da pesquisa Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento. Consideraram-se como variável dependente a dor crônica; e independente as características sócio-demográficas e as relacionadas às condições de saúde. Realizou-se análise descritiva e inferencial dos dados. Na associação entre as variáveis categóricas, utilizaram-se os testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, com nível significativo de 5%. Na análise bruta e ajustada, foi utilizado o modelo de regressão logística.

RESULTADOS:

A prevalência de dor crônica foi de 54,7%, em sua maioria mulheres (64,8%). Entre os idosos com dor crônica, 58,6% classificaram sua saúde como regular, ruim ou muito ruim, 53,3% não praticavam atividade física, 19,8% apontaram dificuldades para atividades básicas de vida diária e 82,5% referiram dor nos membros inferiores e 74,8% na região lombar (p<0,001).

CONCLUSÃO:

Medidas de redução da dor crônica no idoso devem ser priorizadas, em especial pelos serviços de atenção primária à saúde, por se tratar de um problema de saúde pública multidimensional e complexo.

Descritores:
Atenção primária à saúde; Dor; Envelhecimento; Saúde do idoso; Serviços de saúde

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