JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Caracterizar a ansiedade de mulheres com síndrome da fibromialgia e verificar a associação dos níveis de ansiedade traço e estado com dor e sono não restaurador. MÉTODOS: Participaram do estudo 61 mulheres com diagnóstico clínico de síndrome da fibromialgia, residentes na Grande Florianópolis. Foram usados, como instrumentos de pesquisa, o Questionário Sociodemográfico e Clínico (QSDC) e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). RESULTADOS: A média de idade das pacientes do estudo foi de 49 ± 9,2 anos. A dor generalizada predominou em 88,5% (n = 54) das participantes, assim como o sono não restaurador estava presente em 54 mulheres (88,5%). No perfil de ansiedade estado, observou-se o nível de ansiedade média em 57,4% das participantes (n = 35). Já no perfil de ansiedade traço, o nível de ansiedade média ocorreu em 85,2% das mulheres (n = 52). Houve correlação significante entre o sono não restaurador e ansiedade traço (p = 0,03). Não houve correlação entre as variáveis dor generalizada e ansiedade traço (p = 0,53), dor generalizada (p = 0,98) e sono não restaurador (p = 0,10) e ansiedade estado. CONCLUSÃO: Nesta população de mulheres com síndrome da fibromialgia, houve o predomínio do nível médio de ansiedade tanto para o estado quanto para o traço de ansiedade. Não foi observada correlação da dor com ansiedade traço nem estado, entretanto, foi observada uma correlação entre mulheres com ansiedade traço e sono não restaurador.
Ansiedade; Dor; Síndrome da fibromialgia; Sono