RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A dor é considerada o quinto sinal vital e exige dos profissionais de saúde habilidades e conhecimentos específicos para seu manuseio. O objetivo deste estudo foi conhecer a prática de enfermagem no manuseio da dor em hospitais de um município no sul do Brasil.
MÉTODOS:
Pesquisa transversal quantitativa, realizada com aplicação de um questionário estruturado que avaliou características profissionais e o conhecimento sobre dor em uma amostra de 418 profissionais: 63 enfermeiros e 355 técnicos de enfermagem, em 3 hospitais, dois públicos e um privado, entre julho de 2012 e agosto de 2013. Para avaliar associações entre as variáveis explicativas e os grupos (categoria profissional, tipo de hospital e tempo de exercício profissional) utilizaram-se os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, adotando-se nível de significância de 5%.
RESULTADOS:
Dos profissionais, 27,5% cursaram disciplina específica em sua formação; 30,6% realizaram curso de capacitação sobre dor; 66,7% conhecem métodos de avaliação da dor e 58,6% os utilizam. Os profissionais do hospital privado possuem mais conhecimento sobre métodos de avaliação da dor (p<0,001), e também os profissionais formados mais recentemente (p=0,005). A utilização destes métodos foi maior entre os enfermeiros (p=0,036); profissionais do hospital privado (p<0,001) e formados há menos tempo (p<0,001). Os enfermeiros conhecem mais o conceito de transdução (p<0,001); os profissionais do hospital privado seguem mais os protocolos para avaliar a dor (p<0,001), e também aqueles formados há menos tempo (p=0,013).
CONCLUSÃO:
Os profissionais da saúde necessitam melhorar o conhecimento nesta área para que as práticas da enfermagem no manuseio da dor ocorram adequadamente em hospitais de um município de Santa Catarina.
Descritores:
Cuidados de enfermagem; Hospitais; Manuseio da dor; Prática