Resumo
Este artigo examina os desafios de conceptualizar as experiências dos povos Roma numa Europa Anti-Roma no enquadramento dos direitos humanos, a segurança interna e as políticas de “integração”. O artigo foca-se na política de racismo quotidiano anti-roma e o racismo estrutural e os seus efeitos traumáticos na população Roma na Europa. Utiliza-se a definição de “racismo quotidiano” de Philomena Essed, enquanto práticas, atividades e atitudes rotineiras que são aceites num dado sistema. A noção de racismo estrutural refere-se a governabilidades racializadas e ideologias/epistemologias que reproduzem relações de poder assentes no privilégio/supremacia branca. Neste sentido, o racismo reproduz a desumanização para a manutenção da branquitude como fundamento da soberania do estado.
Palavras-chave:
Estado permanente de exceção; Racismo estrutural; Anticiganismo quotidiano