RESUMO
Porto Alegre é dividida em oito Regiões de Planejamento (RPs). Cada RP é representada por um conselheiro no Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental (CMDUA). Em 2018, movimentos sociais e entidades se organizaram para conquistar este espaço. Alguns dos novos conselheiros sentiram a necessidade de se informar melhor sobre os termos e assuntos discutidos no CMDUA com a finalidade de garantir que seus problemas locais fossem discutidos. Dessa maneira, o projeto Planos Populares de Ação Regional (PPAR) foi criado por uma coalizão de movimentos sociais, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS) e a universidade para realizar ações contra- hegemônicas. O projeto é baseado na teoria do planejamento insurgente, que entende o desenvolvimento urbano do ponto de vista do sul global como sendo essencialmente realizado por comunidades, ativistas e estratégias de base. Assim, o projeto percorre os espaços de ação convidados e inventados em um relacionamento não-binário, com o objetivo de fornecer aos movimentos populares da cidadania insurgente assistência técnica para apoiar suas reivindicações e desejos sobre a cidade em que vivem. Em relação à revisão do plano diretor da cidade, o PBAP representa um contra-plano relacionado à criação de espaços diferenciais. Cria, portanto, um momento de realização do direito à cidade.
Palavras-Chave:
Direito à cidade; Cidadania insurgente; Planejamento insurgente; Planos populares. Contraprojetos