RESUMO
O artigo reflete sobre duas dimensões (relativamente) desconsideradas nas análises atuais sobre o processo de implementação do Acordo Final de Paz na Colômbia: governança e nova administração pública. Interroga as inconveniências de prorrogar os ajustes e reformas institucionais acordadas entre o Governo colombiano e a antiga guerrilha das FARC-EP (hoje, o partido político Fuerza Alternativa Revolucionaria del Común, FARC), nos níveis governativos e organizacional estatais, problematizando as situações e as condições requeridas para atingir o propósito na etapa de transição no país, desde os cenários da guerra até os de Paz, e sua construção estável e duradoura. Alerta sobre a virtual ‘dissonância cognitiva’ do status quo como característica do regime socioeconômico e sistema político colombianos, e a inconveniência de manter os formatos pós-neoliberais que obstaculizam a abertura a processos de socialização e democratização na Colômbia no período pós-acordo.
Construção da paz; Pós-acordo na Colômbia; Governança; Nova Administração Pública; Neoliberalismo