RESUMO
Este artigo argumenta por uma ontologia materialista explícita para estudar movimentos sociais e lutas populares que se opõe e confrontam a ordem social do capital. Levando em consideração que as diferenças entre teorias ou sistemas teóricos devem ser discutidas na dimensão ontológica, não meramente na epistemológica, empírica ou lógico-formal, abordamos as diferenças entre o conjunto convencional de Teorias Sobre Movimentos Sociais, a abordagem Pós-Marxista, e uma abordagem alternativa que dialoga com aqueles engajados em lutas contemporâneas, através da ontologia do ser social formulada por György Lukács. Estas formam a primeira parte do texto, que visa apresentar nossas posições ontológicas, teóricas e metodológicas. Na segunda parte, oferecemos algumas reflexões teóricas sobre temas emergentes nas ações e debates de ativistas, em diálogo com proposições de intelectuais que se engajaram com movimentos sociais e/ou orientaram seu trabalho para se opor ao sistema do capital.
Palavras-chave: Movimentos Sociais; Ontologia; Lutas Populares; Resistência