RESUMO
Finalidade
Este artigo apresenta uma abordagem para a estratégia de integração ESG no problema da otimização usando a técnica de reamostragem. A abordagem não utiliza funções de utilidade ou pesos preliminares no nível do ativo, focando nas carteiras. As carteiras são ótimas no espaço de média-variância, para cada amostra de retornos esperados e matriz de covariância. No processo de filtragem, são selecionadas as carteiras com menor risco ESG. Essa técnica trabalha somente com carteiras otimizadas, evita o viés de concentração (poucos ativos na carteira) e considera erros de estimativa nos retornos esperados e na matriz de covariância. Desenho/metodologia/abordagem: As amostras de retornos médios e matrizes de covariância geradas por uma distribuição normal multivariada são aplicadas na otimização média-variância para gerar várias carteiras nas fronteiras eficientes. É utilizado um processo de filtragem ESG para selecionar carteiras com menores riscos ESG de uma amostra com 42 empresas listadas na B3 com retornos no período de 2018/01/01 a 2023/12/31.
Constatações
Os custos da estratégia de integração podem ser inferiores aos custos da estratégia “best-in-class” e podem ser semelhantes aos custos de uma estratégia de “negative screening”, dependendo dos parâmetros de ambas as estratégias.
Implicações sociais
O artigo apresenta uma abordagem que considera fatores sociais, ambientais e de governança no processo de otimização de carteiras.
Originalidade
A principal contribuição deste artigo é a apresentação de uma nova abordagem que combina a reamostragem da média e covariância dos retornos com base numa distribuição normal multivariada com um processo de filtragem de carteiras ESG.
Integração ESG; otimização ESG de carteiras