RESUMO
Objetivo: Analisar os determinantes do endividamento de operadoras de planos de saúde (OPS) exclusivamente odontológicos (EO), sob a perspectiva da regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Metodologia: Pesquisa quantitativa e causal. A amostra consistiu nas OPS cujos dados de 2010 a 2018 estavam disponíveis no site da ANS. Foram usadas para a análise dos dados as técnicas de análise de conteúdo, estatística descritiva e regressão com dados em painel.
Conclusão: Constatou-se que diversas variáveis relacionadas à regulação da ANS influenciaram os níveis de endividamento das OPS odontológicas. Ademais, observaram-se várias semelhanças entre as duas categorias em análise (cooperativas odontológicas e odontologia de grupo), apesar das diferenças na natureza jurídica de tais organizações.
Limitações: O estudo apresenta algumas limitações: (a) a amostra investigada restringe-se a dados públicos de OPS; e (b) as variáveis de regulação são limitadas devido aos dados disponíveis para cálculo.
Originalidade / valor: Este artigo apresenta uma série de contribuições para a literatura sobre a estrutura de capital de OPS EO. Primeiramente, destacou-se o papel da regulação nas decisões financeiras das OPS no Brasil. Ademais, confirmou-se a importância de variáveis determinantes da estrutura de capital de empresas para explicar o endividamento das OPS. Por fim, foram propostas variáveis regulatórias como determinantes do endividamento dessas organizações.
Palavras-chaves: Determinantes do endividamento; Operadoras de planos de saúde (OPS) exclusivamente odontológicos; Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Regulação