RESUMO
Objetivos: identificar e classificar a pressão arterial e o estresse autorrelatado em apenados e investigar a associação desses eventos com dados clínicos e sociodemográficos.
Métodos: estudo de corte transversal e quantitativo com 240 apenados. Foram empregados questionário sociodemográfico, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, classificação da pressão arterial, circunferência abdominal e Índice de Massa Corporal.
Resultados: média de idade de 37,17 anos (DP 11,5), 48,8% (n=117) solteiros, 42,9% (n= 103) pardos. A maioria 67,9% (n= 163) reclusa há menos de 4 anos e 33,8% (n=81) estavam hipertensos. A pressão arterial foi compatível com a população geral. Tabagismo, consumo de medicamentos anti-hipertensivos e hipoglicemiantes, preocupação com consumo de sal e histórico familiar de hipertensão foram associados com estresse autopercebido (resistência e exaustão).
Conclusões: o grupo está exposto a fatores de risco modificáveis, sobretudo ao estresse, que favorecem a hipertensão e carecem de estratégias preventivas e acesso à saúde.
Descritores: Hipertensão; Prisões; Fatores de Risco; Cardiologia; Enfermagem