Objetivo
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Comparar o estado nutricional e a ocorrência de falha do tratamento entre
pacientes com acidente vascular cerebral e disfagia que receberam a sonda
nasogástrica ou a gastrostomia endoscópica percutânea. |
Intervenção avaliada
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Comparação entre dois métodos de nutrição enteral - sondagem nasogástrica e
gastrostomia endoscópica percutânea. |
Grupos estudados
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22 pacientes com acidente vascular cerebral e disfagia |
- 12 pacientes com sonda nasogástrica |
- 10 pacientes com gastrostomia endoscópica percutânea |
Desfechos
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Estado nutricional: parâmetros antropométricos (prega tricipital e
bicipital e circunferência braquial) e marcadores nutricionais, como nível
sérico de albumina. |
Falha do tratamento: ocorrência de deslocamento ou bloqueio da sonda
alimentar em três ou mais ocasiões. |
Resultados Principais
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Após quatro semanas de intervenção, os níveis de albumina sérica foram
significativamente maiores naqueles que estavam com a gastrostomia (p =
0,045). |
A ocorrência de falha do tratamento aconteceu em 50% dos pacientes em uso
da sonda nasogástrica e nenhum paciente com gastrostomia endoscópica obteve
falha em seu tratamento. Esta diferença foi estatisticamente significativa
entre os dois grupos (p = 0,036). |
Estudo 2(7)
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Objetivo
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Investigar os efeitos de uma nova técnica de fixação da sonda
nasogástrica. |
Intervenção avaliada
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Comparação entre dois métodos de fixação da sonda nasogástrica: técnica
convencional (uso de um adesivo nasal) e nova técnica (uma corda com um
clipe nasal - AMT Bridle©). |
Grupos estudados
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104 pacientes com acidente vascular cerebral e disfagia |
- 51 pacientes no grupo de intervenção (nova técnica de fixação do
tubo) |
- 53 pacientes no grupo controle (técnica convencional) |
Desfechos
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Primário: proporção de alimentos e fluidos administrados por sonda
nasogástrica. |
Secundários: média do volume de alimentos e fluidos administrados;
proporção de pacientes que não receberam nenhuma alimentação por sonda
nasogástrica; administração de fluidos parenterais suplementares; número de
intubações nasogástricas; número de Raios-X para checar a posição da sonda
nasogástrica; mudanças no peso corporal; falha do tratamento (gastrostomia
endoscópica percutânea), precoce ou retirada da alimentação por sonda
nasogástrica); eventos adversos como trauma nasal, infecções pulmonares,
diarreia, vômitos, hemorragia gastrointestinal, distúrbios eletrolíticos e a
tolerância ao procedimento. |
Após três meses da intervenção, os desfechos secundários avaliados foram
mortalidade, aumento do tempo de internação hospitalar, uso de gastrostomia
endoscópica percutânea e o índice de Barthel. |
Resultados Principais
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O grupo de intervenção recebeu uma alta proporção de alimentos e fluidos
administrados quando comparados ao grupo controle (p = 0,002). |
Os pacientes do grupo de intervenção receberam um maior volume de alimentos
e fluidos por sonda nasogástrica (média de 17 litros versus
11,4 litros) e necessitaram de menos dias de alimentação suplementar por
outras vias (média de 3,8 dias versus 6,1 dias). |
Falhas do tratamento foram mais comuns no grupo controle (40%) quando
comparado ao grupo de intervenção (25%). |
Sangramento nasal foi mais comum no grupo de intervenção (37%) do que no
grupo controle (15%). |
Distúrbios eletrolíticos foram mais comuns no grupo controle (58%
versus 31%). |
Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto à
tolerância ao procedimento (p = 0,09). |
Os resultados da Escala de Barthel foram similarmente ruins entre os grupos
(média de 19 pontos para o grupo de intervenção e de 18 pontos para o grupo
controle). |
Estudo 3(16)
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Objetivo
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O objetivo do trabalho foi responder a duas questões de pesquisa: |
- A iniciação precoce da alimentação por sonda nasogástrica melhora os
resultados dos pacientes com acidente vascular cerebral e disfagia? |
- Os pacientes que se alimentam por gastrostomia endoscópica percutânea
obtém melhores resultados quando comparado àqueles que utilizam o método de
sondagem nasogástrica? |
Intervenções avaliadas
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Intervenção 1 - Comparação entre o tempo precoce (até 7 dias) de iniciar a
alimentação por sonda nasogástrica com o tempo usual (após 7 dias). |
Intervenção 2 - Comparação entre dois métodos de nutrição enteral -
sondagem nasogástrica e gastrostomia percutânea endoscópica |
Grupos estudados
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Intervenção 1 - 859 pacientes (429 iniciaram precocemente a alimentação por
sonda nasogástrica e 430 iniciaram a alimentação por sonda nasogástrica no
tempo usual). |
Intervenção 2 - 321 pacientes (162 utilizaram a gastrostomia percutânea
endoscópica e 159 utilizaram a sonda nasogástrica). |
Desfechos
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Primário: a escala de Rankin Modificada e a qualidade de vida com a Escala
EUROQol, risco de morte e de prognóstico ruim (complicações) e tempo de
internação hospitalar. |
Resultados Principais
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A incidência de hemorragia gastrointestinal foi maior naqueles com sonda
nasogástrica (p = 0,05). |
Não houve diferença estatisticamente significativa nos resultados (morte e
piora do estado de saúde em seis meses) dos pacientes que iniciaram
precocemente a alimentação por sonda nasogástrica (p = 0,09 e p = 0,07) e
daqueles que iniciaram no tempo padrão (p = 0,09 e p = 0,06). |
Na comparação da Intervenção 2 (sondagem nasogástrica
versus gastrostomia) houve diferença absoluta no risco
de morte ou de prognóstico ruim em favor da sondagem nasogástrica (p =
0,04). |
Após três meses, os níveis de albumina sérica foram significativamente
maiores naqueles que estavam com a gastrostomia (p = 0,03). |
Em relação à Escala de Rankin Modificada, a maioria dos pacientes avaliados
em todos os grupos tinham a nota 5 (incapacidade severa). Não houve
diferença estatisticamente significativa entre os grupos (alimentação
precoce por sonda - p = 0,06 e alimentação no tempo padrão - p = 0,08). |