Rev Bras Enferm
Revista Brasileira de Enfermagem
Rev Bras Enferm
0034-7167
1984-0446
Associação Brasileira de Enfermagem
This study examines the applicability of the theoretical model "Looking to maintain
the balance to meet the demands and take care of the hospitalized child" to families
of children with chronic diseases in intensive care. This is a qualitative study that
complied with Resolution 466/2012, and was approved by the Ethics Committee through
the Resolution 0111.0.441.099-11. The Grounded Theory was adopted as methodological
framework. The data were collected through semi-structured interviews with seven
families of children hospitalized for chronic diseases. The research identified three
phenomena, which were analyzed according to the theoretical model cited above:
Difficult experience for the family; Modifying the functioning and family routine;
and Receiving support in coping with chronic illness. The study showed that the
theoretical model used can be applied to families of children with chronic illnesses
because they experience an unexpected event that disrupts their daily life and demand
the search for new strategies for coping.
INTRODUÇÃO
Até recentemente, a hospitalização infantil gerava um processo de separação da criança
com a família, já que não era garantido acesso integral dos pais no ambiente hospitalar.
Entretanto, em 1959, na Inglaterra, através da publicação de um documento denominado
Relatório Platt, que focava a humanização do cuidado a essas crianças hospitalizadas,
passou a ser garantida a permanência de um membro familiar em todo processo de
tratamento e recuperação da criança(1).
No Brasil, após três décadas, é instituído o Estatuto da Criança e do Adolescente,
através da Lei n.º 8.069 de 1990, o qual estabelece a importância da presença integral
de pais no cuidado da criança, através do Capítulo 1, Artigo 12, ao afirmar que os
estabelecimentos de saúde devem garantir a permanência de um dos pais ou responsável, em
tempo integral, no caso de hospitalização de uma criança ou adolescente(2). A Lei reconheceu que a presença
familiar no hospital minimizava o sofrimento e a angústia da criança, além de
proporcionar a essa família a participação ativa nos cuidados prestados, junto com a
equipe de saúde(3).
Nas últimas décadas, a produção do saber e do fazer da Enfermagem Pediátrica brasileira
e internacional vem avançando, no que concerne ao conhecimento relacionado à prática com
a família e o processo saúde e doença. Porém, é incipiente a tradução deste conhecimento
em ações concretas na prática clínica dos trabalhadores da saúde, pois o cuidado à
família tem-se limitado às ações pontuais com um de seus membros.
Apesar do conhecimento relativo à necessidade de permanência integral da família no
espaço hospitalar, quando do adoecimento de um de seus membros, as ações do cotidiano
profissional, aliado às normas e rotinas hospitalares, têm afastado a família do
processo saúde, doença e cuidado da criança, dado as condições insuficientes que são
oferecidas nas instituições hospitalares para os familiares.
O avanço científico e tecnológico tem potencializado o diagnóstico precoce de diversas
condições orgânicas na infância, com destaque para as doenças crônicas. Entretanto, a
presença destas enfermidades tem potencializado o desconforto familiar e o reajuste no
espaço domiciliar e na sua rotina, após a saída da criança do hospital, o que gera
estresse, sobrecarga de trabalho e gastos econômicos. Ela é caracterizada como uma
condição que irá alterar as atividades cotidianas por mais de três meses, causará
hospitalização um mês por ano, ou quando o indivíduo depende de dispositivos para a
sobrevivência. A criança com doença crônica será dependente de medicações, de
hospitalizações e manterá um estilo de vida adaptado a sua nova situação, geralmente,
carregado de limitações, repercutindo no ciclo de vida de todo ambiente
familiar(4).
A família ao se deparar com a situação de ter uma criança com doença crônica e
necessitada de tratamento em Unidade de Terapia Intensiva passa inicialmente, por um
período de revolta, tristezas, não aceitação de diagnósticos e busca por formas
alternativas de cura. Após essa fase inicial, começam períodos de mudanças no convívio
social, no trabalho e dentro da própria casa, onde cada membro terá sua rotina alterada
para a adaptação às necessidades da criança hospitalizada(5).
Cabe ainda aos profissionais e à instituição hospitalar assistir a família nas suas
diversas necessidades e auxiliá-la nas mudanças emergidas pela situação, impondo ações
terapêuticas que visem minimizar esses impactos, através de estudos da dinâmica familiar
e das principais dificuldades enfrentadas(6).
Em um estudo realizado em um hospital público situado na Grande São Paulo com cinco
famílias de crianças com doenças agudas hospitalizadas foi proposto o modelo teórico
Procurando manter o equilíbrio para atender suas demandas e cuidar da criança
hospitalizada. No referido estudo, a análise levou a elaboração de dois
fenômenos denominados "Perdendo o controle sobre seu funcionamento" e "Buscando um novo
ritmo de funcionamento"(7).
Diante do modelo teórico adotado e pensando na situação específica da família com
criança crônica hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, questionou-se:
O modelo teórico Procurando manter o equilíbrio para atender suas demandas e
cuidar da criança hospitalizada pode ser aplicado para famílias de crianças
com doenças crônicas?
Assim, o objetivo do estudo é analisar se o modelo teórico Procurando manter o
equilíbrio para atender suas demandas e cuidar da criança hospitalizada pode
ser aplicado às famílias de crianças com doenças crônicas em cuidados intensivos.
METODOLOGIA
Estudo do tipo exploratório, descritivo e qualitativo realizado na cidade de
Petrolina-Pernambuco. O campo empírico foi a Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica
(UTIP) de um hospital público desta cidade, escolhido por ser uma unidade de referência
para atenção à criança criticamente enferma.
Os participantes deste estudo foram selecionados mediante os seguintes critérios de
inclusão: idade superior a 19 anos e ser familiar de criança com doença crônica
hospitalizada na UTIP. Desta maneira, foram selecionadas sete famílias, representadas
por sete mães e quatro pais, totalizando onze participantes. Este estudo seguiu os
preceitos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde(8), sendo aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Vale do São Francisco, sob o parecer n°
0111.0.441.099-11. Para assegurar o anonimato, os entrevistados foram identificados com
as letras M para as mães e P para os pais, seguido de numerais, que representam a ordem
de realização das entrevistas.
A coleta dos dados foi realizada no período de setembro a novembro de 2011, através de
entrevistas semiestruturadas. Antes de realizar a entrevista, os participantes deste
estudo foram apresentados ao modelo teórico "Procurando manter o equilíbrio para atender
suas demandas e cuidar da criança hospitalizada" para verificar aceitação dos
participantes deste estudo.
Para realizar as entrevistas foi utilizado um roteiro divido em três partes. A primeira,
contendo questões de caráter sócio-demográfico; a segunda constituída pelo genograma e o
ecomapa da família. Na terceira parte foram abordadas questões relacionadas à vivência
da família durante a hospitalização do filho, os impactos decorrentes desta experiência
e o apoio externo que ela recebe. Foram utilizadas as seguintes questões norteadoras:
Como está sendo para sua família vivenciar a hospitalização de (nome da criança)? Quem
está apoiando sua família nesse momento? Como a sua família está se relacionando
internamente, com a criança e com os outros membros?
Na elaboração deste artigo foram utilizadas as informações contidas na terceira parte do
instrumento de coleta de dados. Para a análise dos dados empíricos, foi utilizada a
Teoria Fundamentada nos Dados (TFD). Esta é uma técnica em que há uma combinação de
abordagens que visa identificar, desenvolver e relacionar conceitos, gerando construtos
teóricos relativos a um fenômeno(9).
O quantitativo de sujeitos nesse tipo de análise não é pré-determinado, mas sim
analisados de acordo com a saturação teórica, ou seja, os dados são coletados e
analisados concomitantemente, possibilitando a emersão de possíveis grupos amostrais.
Essa comparação constante permite a coleta de dados até o ponto em que nenhuma outra
informação acrescenta ou modifica as já existentes, partindo então para a análise mais
profunda e sistematizada dos dados que se executa em três etapas que se seguem sem o
impedimento de voltar para as anteriores(9).
Na primeira etapa da análise, denominada codificação aberta, realizada manualmente, as
falas dos entrevistados foram analisadas linha por linha, sendo elaborados os códigos
preliminares, expressando a essência do discurso de cada um dos participantes do estudo.
Na segunda etapa, a codificação axial, os códigos preliminares foram reagrupados por
similaridade. Esse agrupamento foi feito após a leitura criteriosa de todos os códigos,
a que possibilitou a associação das informações relacionadas a um mesmo conceito, sendo
originados os códigos conceituais (categorias)(9-10).
Na terceira etapa, denominada codificação seletiva, as categorias foram redefinidas e
integradas formando uma categoria central ou fenômeno central. Caracteriza-se por
fenômeno a ideia ou evento em que se relacionam todas as ações(9).
RESULTADOS
Na análise dos dados foram elaborados os seguintes fenômenos: "Sendo uma experiência
difícil para a família", "Modificando o funcionamento e a rotina da família" e
"Recebendo apoio no enfrentamento da doença crônica".
Sendo uma experiência difícil para a família
O fenômeno "Procurando manter o equilíbrio para cuidar de suas demandas e da criança
hospitalizada", representado inicialmente no modelo teórico por "Perdendo o controle
sobre seu funcionamento", neste estudo, representou a situação na qual a família se
depara com o início da condição crônica do filho, "Sendo uma experiência difícil para
a família".
"Sendo uma experiência difícil para a família", significou a forma como a doença
crônica impacta inicialmente na mesma, evidenciando que esta experiência é "um evento
inesperado", devido ao fato de ser uma vivência nova para a família, não tendo esta,
nenhum recurso desenvolvido, inicialmente, para o enfrentamento da situação, o que
gera o medo diante das incertezas decorrentes do processo crônico.
É muito difícil, porque nunca adoeceu ninguém assim na família, com o
problema dela. (M02)
Às vezes nós não sabemos o que pensar e ficamos sem saber o que fazer.
(M03)
Por ser um "um evento inesperado", na ocorrência de complicações na evolução da
criança, a família se vê diante de "prolongadas hospitalizações", tendo que se
adaptar a esta nova realidade e a conviver com a possibilidade de outras internações
da criança.
[...] está sendo um momento um pouco meio difícil, porque eu realmente não
esperava passar a quantidade de tempo que eu estou passando aqui e hoje
completou 3 meses e 12 dias [...]. (P01)
A gente volta para casa e depois tem que vim de novo para esse hospital.
Ele sempre piora e eu fico com medo. (M02)
As constantes buscas pela hospitalização da criança com problema crônico e a dinâmica
complexa das rotinas e procedimentos hospitalares, faz com que a família perceba a
condição crônica como uma "causa de sofrimento e risco de morte".
Nesta percepção, o sofrimento é decorrente dos diversos procedimentos aos quais a
criança é submetida, tais como as repetidas venopunções periféricas e a administração
de drogas. Além disso, a associação de alguns sinais clínicos, a exemplo da cianose,
como um indicador de complicação da situação orgânica da criança, provoca o
sofrimento do acompanhante.
Ainda, a própria gravidade do estado de saúde da criança e a demanda por
hospitalização em Unidades de Cuidados Intensivos é representada socialmente como
sinônimo de gravidade e de morte, "Sendo uma experiência difícil para a família".
[...] minha mãe chora bastante, achando que ele vai morrer por causa disso
e minha irmã também. É muito sofrimento, muito, muito mesmo. E eu estou
sofrendo também porque ele sofre bastante aqui no hospital, fica roxo, fica com
falta de ar, sai da UTI, volta. (M05)
[...] ah, eu pensei coisa difícil, porque ver meu filho se acabar por uma
coisa desta que eu não sei o que é, chorar de desespero nos meus braços e a
pessoa sem poder socorrer, e sem saber o que fazer, pense numa coisa difícil,
nós deixamos até de pensar no momento, porque vê uma criança sofrendo e não
poder fazer nada e dá aquele medicamento sem entender né? (P02)
Na vivência com a criança hospitalizada, a condição crônica também provoca o
sofrimento da família, por entender que a mesma "modifica a rotina da criança", ao
perceber que as "prolongadas hospitalizações", não permitirão ao filho a manutenção
de suas atividades cotidianas, tais como a ida a escola, a possibilidade de brincar
com outras crianças, frequentar lugares que rotineiramente estava acostumado. Somado
a isso, a criança é submetida a uma rigidez de horários para a realização destas
atividades, com vistas a sua adaptação ao espaço hospitalar, assim como é submetida
às restrições impostas pela situação de sua saúde.
Eu fico triste porque ele diz, "oh mãe, eu estou aqui internado perdendo a
escola, minhas aulas" nesse tempo que ele está internado. Ele internou no
sábado, ai ele disse: hoje eu estou perdendo meu catecismo, minha aula de
catecismo". Ele queria ir embora, está bem, para poder brincar com os
coleguinhas dele, jogar vídeo game, ele gosta. (M04)
O tempo que ele está aqui, ele está perdendo de ficar brincando, e ir para
a escola, mas se ele não tivesse aqui estaria pior. (M07)
Ainda, a experiência de ter um filho com doença crônica faz com que o fato de ser um
"evento inesperado" e potencializar "as prolongadas hospitalizações", repercute na
situação econômica da família, que mediante a "falta de recursos financeiros", se
sente vulnerável às condições impostas, considerando-a como "Sendo uma experiência
difícil para a família".
Ta sendo difícil, porque a gente está sem condições e não tem como cuidar
dele. Mudou várias coisas, porque ele é doente [...] Assim, porque a gente fica
sem ânimo porque uma criança com um problema desse e a gente sem poder fazer
muita coisa. (M04)
O problema da gente é falta de dinheiro mesmo, porque se a gente tivesse
uma condição melhor, podia tratar ele melhor também. (P03)
Percebe-se assim, o sentimento de impotência diante da doença do filho, pela falta de
recursos financeiros da família para o enfrentamento da situação. Problemas e
necessidades coexistem no cotidiano e, quando não se encontram auxílios para que
estes sejam minimizados, transformam-se em fatores estressores e de grande
sofrimento. Dessa forma, as dificuldades financeiras das famílias com crianças com
doença crônicas acabam interferindo de forma significativa no processo de cuidar.
Modificando o funcionamento e a rotina da família
"Modificando o funcionamento e a rotina da família" significou a forma como a doença
crônica age "interferindo no funcionamento familiar"; já que muitas vezes os papéis
se invertem, ou seja, o pai cuida das outras crianças ao mesmo tempo em que deve
trabalhar, enquanto a mãe está no hospital; ou, outros membros da família ficam com
os outros filhos na ausência dos pais e a mãe abdica de suas atividades diárias
modificando hábitos dos demais membros da família.
Minha sogra está com minha filha, mas às vezes meu marido não pode
trabalhar, porque ela sempre tem alguma coisa para resolver e ele vai e fica no
lugar dela com a menina. Assim, tem dia que ele fica com ela, tem dia que minha
sogra fica, fica dividido porque homem não sabe cuidar de criança [...] sempre
quando aparece um serviço, minha sogra fica com a menina e ele vai.
(M06)
Eu trabalhava antes de casar, mas depois que ele nasceu não teve como eu
trabalhar porque ele só vivia internado, não tinha como trabalhar.
(M03)
A doença crônica na criança modificará a organização da família, dependendo do nível
de complexidade e dependência da doença, assim como do momento em que a família se
encontra e, sobretudo, das estruturas que a apoiarão. A família vai se adequando a
cada nova situação que surge, elabora estratégias para o enfrentamento da condição
adversa e apreende novas formas de enfrentar a situação com estabelecimento de novos
papéis, obrigações compartilhadas, adequando novas formas de relacionamento entre si
e com o meio social.
A (des)organização familiar, advinda da condição extremamente complexa da doença
crônica, surge não só com mudanças nas atividades diárias e nas funções de cada
membro dentro da rotina familiar. Os impactos dessa condição atingem dimensões
extremas no âmbito emocional, social e financeiro.
Pela situação da doença crônica acabar "interferindo no funcionamento familiar", as
suas repercussões das repetidas hospitalizações, assim como a necessidade de atenção
e cuidados intermitentes com a criança, acabam também "modificando a rotina da
família", ao passo que impede os pais no trabalho ou na realização de tarefas
cotidianas, além de exigir da família o desenvolvimento de habilidades específicas na
prestação de cuidados à criança.
Ela (a mãe da entrevistada) e o marido dela não estão podendo trabalhar.
(M01)
Muda muita coisa, porque eu fico o tempo todo mais no hospital, não posso
fazer nada. Não posso arrumar emprego para trabalhar. (M03)
Mudou muita coisa, porque tem que ter muito cuidado. Tem que alimentar ele
direto, de meia em meia hora, uma em uma hora, tem que dá fruta, bastante
líquido para ele porque ele necessita de bastante líquido, água e suco.
(M05)
A doença crônica, "modifica a rotina familiar", pois a criança internada demanda
cuidados mais frequentes da família, "prejudicando o cuidado com os outros filhos",
pelo grande tempo que os pais necessitam ficar fora de casa para o tratamento do
filho doente, principalmente a mãe que permanece grande parte do tempo no ambiente
hospitalar.
E eu acho ruim, porque sempre fico para lá e para cá com ele (a criança
hospitalizada) e não aproveito bem com a menina que está em casa, também, pois
meu maior tempo é sempre com ele. (M01)
Sinto saudade da minha filha e é ruim porque é fora da cidade da pessoa.
(M02)
[...] eles (os outros filhos) estão lá em casa sozinhos [...] eu não estou
vendo eles, porque só quem fica com ela aqui no hospital sou eu, porque ela
mama e eu tenho que ficar com ela. (M06)
Apesar de "prejudicando o cuidado com os outros filhos" e "interferindo no
funcionamento familiar", as hospitalizações e a própria situação da doença crônica
faz com que torne prioridade para os pais a atenção e o acompanhamento de toda a
evolução da criança, "estando mais próximos do filho doente".
[...] eu digo que esse tempo, realmente fora de casa, por um lado é ganho
e é lucro, porque eu estou cuidando da saúde do meu filho e estou perto dele.
(P04)
Nós chegamos aqui ontem. Ele teve uma boa melhora de on-tem para hoje. Já
está abrindo os olhos. Perguntei alguma coisa e ele me respondeu. Só que agora
na parte da tarde, ele está dormindo e não me responde nada. (M03)
A mãe "estando mais próxima do filho doente", algumas vezes é reflexo também do
sentimento de culpa, ou seja, acaba "sentindo-se culpada pela doença do filho". A
estrutura familiar tradicional coloca o pai como principal provedor e a mãe como
cuidadora, a mantenedora do bem- estar do lar, assim, a situação do filho é vista
pela genitora, como conseqüência de falta de cuidado materno.
Eu quero que ela fique boa para poder voltar para casa com minha
consciência limpa, ela ficar boa e eu poder viver em paz com ela boa porque ela
estando doente eu não tenho como viver em paz. (M02)
Ele (o marido) fica lá em casa e se cuida (risadas). Ele cuida dele mesmo.
Ele não está em casa, ele foi para o casamento da filha dele. Mas ele fica em
casa, com minha mãe, pois eu moro junto com minha mãe. [...] Meu marido é calmo
demais, meu marido não liga muito. Eu que me acabo. (M03)
Nada, ele (o pai) não vem aqui [...] eu é que cuido da criança e fico aqui
sempre. (M05)
No cotidiano hospitalar, pode-se observar que a mãe é quem, na maioria das vezes,
permanece acompanhando seu filho durante a hospitalização. Elas demonstram um intenso
desejo de cuidar de seu filho durante o processo de internação, como uma forma de
minimizar o sentimento de culpa, muitas vezes presente em face ao adoecimento da
criança.
Recebendo apoio no enfrentamento da doença crônica
No fenômeno "Procurando manter o equilíbrio para cuidar de suas demandas e da criança
hospitalizada", a segunda categoria representada no modelo teórico por "Buscando um
novo ritmo de funcionamento", é representado nesse estudo pelas subcategorias
"Modificando o funcionamento e a rotina da família", explicitado anteriormente e
"Recebendo apoio no enfrentamento da doença crônica".
A presença de um indivíduo com doença crônica, especificamente quando se trata de uma
criança, coloca os demais membros da família em situação de vulnerabilidade,
repercutindo na necessidade dos mesmos em receber fontes de apoio. Dessa forma,
"Recebendo apoio no enfrentamento da doença crônica", é caracterizada na forma que a
família, a partir do momento vivenciado e das modificações estabelecidas pela
situação de cronicidade na criança, vai buscar apoios que auxiliem na garantia de um
equilíbrio na estrutura familiar.
O "apoio da família ampliada" constitui um elo importante para os familiares que
estão vivenciando a doença, pois se observa que, quando um membro, nesse caso a
criança, é acometida por uma doença, a família busca proporcionar recursos físicos e
também emocionais para manter a saúde e um sistema de apoio tão necessário nesse
momento.
Minha sogra está com minha filha, mas às vezes meu marido não pode
trabalhar, porque ela sempre tem alguma coisa para resolver e ele vai e fica no
lugar dela com a menina. Tem dia que ele fica com ela, tem dia que minha sogra
fica, fica dividido porque homem não sabe cuidar de criança [...] sempre quando
aparece um serviço, minha sogra fica com a menina e ele vai. (M02)
A minha mãe, os meus irmãos, os meus primos, estão tudo comigo. Ontem
mesmo, eu cheguei e estavam todos juntos. (M07)
[...] não sei como lhe explicar, mas se eu estivesse em casa estaria
cuidando dele, porque eu tenho minha irmã. Eu cuidava dele e ela da casa e às
vezes a gente revezava, eu cuidava da casa e ela dele, agora quem está fazendo
isso é ela sozinha. Minha mãe trabalha e ela é casada, então ela cuida da casa
dela e da minha sozinha. (M05)
Os relatos dos familiares revelam que no momento do adoecimento e hospitalização
ocorre um fortalecimento dos vínculos, principalmente no âmbito familiar, já que o
cuidado se inicia dentro do núcleo da família, ampliando-se para a família expandida.
Esses membros que assumem um papel de rede social de apoio são vistos como de grande
importância para a sustentação da crise vivenciada.
A situação de doença é inesperada em qualquer momento vivenciado pela família. Além
de todo desgaste emocional, e a falta de uma estrutura que sustente todas as
alterações advindas dessa nova situação, a falta de recursos financeiros surge como
um grande impasse para o adequado tratamento e recuperação da criança doente.
Destarte, além do "apoio da família ampliada", o "apoio financeiro" deve
ser entendido e trabalhado como um grande facilitador de todo o processo de adaptação
da família.
Bom, eu recebo algum pouco apoio, assim, em termo de alguma ajuda
financeira, das pessoas e está dando pra ir levando, até a hora que eu sair
daqui. (P01)
[...] a ajuda dela é financeira (avó materna), quando ela pode ajudar, ela
ajuda em tudo. É muito importante essa ajuda dela para mim [...].
(M01)
E apoio financeiro, ninguém me ajuda, só minha mãe mesmo. (M07)
[...] só de meu irmão, porque quando eu preciso, eu falo com ele e ele me
dá um dinheiro. (P03)
"O apoio dos amigos" faz-se presente, além do "apoio da família ampliada" no sentido
de auxiliar a família a se organizar e vivenciar essa experiência de forma menos
traumática. Além de contribuir com a família no cuidado à criança no hospital, os
amigos e vizinhos assumem os cuidados no seu domicílio; possibilitam um "apoio
financeiro" e; muitas vezes auxiliam na garantia de um tratamento hospitalar.
Amigos, que se a gente pedir algumas coisas nesses pontos, eles reagem na
hora e socorrem a gente. [...] é ajuda assim para socorrer a pessoa, porque eu,
por exemplo, não tenho conhecimento aqui no hospital, e eles vêem e ajeitam as
coisas aqui para mim e para meu filho. [...] Por isso a gente tem que se apegar
com quem entende e com quem está dando apoio. (P02)
[...] Uma vizinha nossa fica olhando de vez em quando (os filhos que
ficaram em casa), vai lá de vez em quando olhar e só. (M01)
"O apoio da família ampliada" e o "apoio dos amigos" se complementam quando a
família, ao interagir com vivência hospitalar busca "apoio na equipe de saúde",
considerando que ela passa a fazer parte do seu mundo e a partilhar expectativas e
cuidados, construindo um sistema de cooperação.
E eu só agradeço a Deus e ao pessoal que me receberam aqui, os médicos, as
enfermeiras, tudo de bom, eu agradeço a todos. E só Deus é quem pode pagar isso
que eles estão fazendo pelo meu filho. (P02)
Então eles (equipe de saúde) cuidam de meu filho e eu fico mais tranquila.
(M04)
A família ao vivenciar uma situação de doença, e passado o impacto inicial de
desespero e descrença, busca na fé e na oração a esperança para o controle interno de
emoções, resultando em maior habilidade para se sentir confortável na situação de
vulnerabilidade. O "apoio espiritual", nesse estudo está presente no processo de
hospitalização da maioria das famílias, aliando ao "apoio da família ampliada" e ao
"apoio dos amigos", como fonte de conforto e força.
Mas Deus é tão bom que nas horas certas Ele aparece [...] Quero ver ele
bem, porque quem se apega com Deus é valido, eu tenho fé em Deus que ele vai
ficar bom, meu filho [...]. (P04)
[...] Por isso que a gente tem que se apegar em Deus. (M01)
DISCUSSÃO
A doença crônica é um agente estressor capaz de atingir as relações sociais do sistema
familiar. Além disso, a família pode apresentar despreparo psicológico para o
enfrentamento da condição crônica na infância, desfavorecendo a adaptação da criança e
da própria família à nova situação(11).
Inicialmente a situação é de choque, acompanhado de choro, manifestando sentimentos de
desamparo e ânsia por fugir. A seguir, há descrença e negação da situação, tristeza e
ansiedade manifestada por muito choro e raiva; logo vem o equilíbrio, caracterizado pela
admissão de que a condição existe e, por último, a reorganização através de reintegração
e reconhecimento familiar desse filho(12).
Por isso, a maneira como a família é amparada no momento do diagnóstico e as explicações
que recebem têm impacto importante no modo como irão enfrentar a doença. As informações
recebidas nesse período são marcantes e levadas ao longo do tempo. Assim, o período do
diagnóstico é determinante, pois será relembrado durante toda a experiência da
doença(13).
O desafio de se responsabilizar pelo cuidado a uma criança cronicamente enferma pode ser
recebido de diversas formas pelo indivíduo. Em muitos dos casos, a notícia da doença
crônica é recebida por estas pessoas, primeiramente no ambiente das dúvidas, do medo do
desconhecido. O caminho se mostra escuro e o que vislumbram é apenas a iminência do
sofrimento ou do possível afastamento de seus filhos(14).
Aceitar e cuidar da criança com doença crônica é uma experiência muito difícil para a
família, ainda mais quando a doença tem um prognóstico fechado ou uma baixa expectativa
de vida, porque além de proporcionar a falta de controle da situação, causa, ansiedade
sobre as reais perspectivas de futuro da criança. A criança tem a vida irreversivelmente
alterada pelos tratamentos e consequências impostas pela doença, tornando-se uma
experiência multidimensional tanto para ela como para sua família(15).
A família apresenta um processo de adaptação à doença e às hospitalizações da criança,
já que lhes é exigido tempo e disposição para as frequentes e recorrentes internações
desencadeadas pela condição crônica, pois é estabelecido um tratamento prolongado,
complexo e que requer cuidados constantes em relação à terapêutica em si e em relação a
determinantes que possam agravar o estado de saúde da criança.
É nesse contexto que a família precisa estar inserida no processo do cuidar da criança
com doença crônica. Para tanto, necessita conhecer a patologia, suas manifestações e
implicações, além de ter a sua habilidade de cuidar estimulada, a fim de melhor assistir
à criança e poder entender as necessidades de constantes
hospitalizações(16).
O medo, a piedade e a tristeza, citados como os principais sentimentos que surgem diante
da hospitalização de uma criança com doença crônica, são decorrentes primordialmente da
sensação de impotência diante de todas as consequências advindas da situação. A mãe ou
até mesmo o pai, por vezes, culpam-se pelo sofrimento da criança, o que torna a família
vulnerável a essa situação, pois acabam perdendo o controle e o domínio sobre o estado
de saúde de seu filho.
O enfrentamento da condição crônica exige da família mais do que disponibilidade de
tempo, pois demanda dedicação, reorientação das finanças, reorganização de tarefas
domésticas na tentativa de reorganizar a vida, a partir dessa nova circunstância. As
dificuldades financeiras enfrentadas tornam a experiência de vivenciar a doença crônica
na infância ainda mais dolorosa(11).
Somado ao sofrimento de conviver com a condição do filho, a família vivencia sobrecarga
de demandas no cotidiano, o que a fragiliza. Umas das grandes dificuldades são de ordem
financeira, acarretando aflição quando não consegue dispor de recursos adequados para
atender as necessidades da criança, pois os recursos financeiros da família para
realizar o cuidado, vão se escasseando com o tempo, e podem causar desestrutura na
dinâmica familiar(12).
Dessa forma, as redes sociais enquanto relações que compreendem não apenas a família
nuclear ou extensa - outros parentes da família como avós, tios, primos - mas, também,
amigos, companheiros, vizinhos e pessoas relacionadas ao trabalho, auxiliam de diversas
maneiras, dependendo do tipo de relacionamento estabelecido entre eles e a
família(17).
O fato de a mãe estar com o filho internado necessitando de cuidados e ter outros filhos
para cuidar desencadeará uma multiplicidade de sentimentos, pois ela sente a necessidade
de acompanhar seu filho doente e ressente de não poder prestar essa assistência aos
filhos que estão em casa(18).
Desta maneira, os familiares se reorganizam de forma a poder ajudar, para subsidiar o
familiar cuidador em todas as suas necessidades, de modo que possa dedicar-se
exclusivamente à criança, tornando-o mais confiante e seguro. Organizam um esquema de
rodízio de forma a sempre ter alguém dando suporte ao cuidador. No domicílio, a família
ampliada assume tarefas diárias e o suporte financeiro(19).
Durante a doença da criança, a esperança na sua recuperação apresenta-se como um
sustentáculo que mantém a família e a fortalece emocionalmente. A espiritualidade e a fé
estão presentes na vida das pessoas, principalmente nas situações mais difíceis. Neste
momento de sofrimento e de luta, a fé é vista como um remédio muito poderoso para os
familiares, pois eles mantêm a esperança em busca de um significado e de confiança em um
ser superior. Isso propicia fortalecimento e serenidade para aceitar a
doença(20).
A fé que a família deposita em Deus representa a possibilidade de mais uma fonte
poderosa de apoio, independente da religião. A família utiliza a oração como importante
forma ou estratégia para amenizar o sofrimento causado pela doença da criança.
Proporcionando a família melhor controle interno de emoções, resultando em maior
habilidade para se sentir confortável na situação de vulnerabilidade(19). A espiritualidade constitui um
importante apoio para a família no enfrentamento da doença e tem papel relevante na
manutenção e recuperação da saúde dos membros familiares, uma vez que a fé e a esperança
podem ajudar a aliviar a dor e o sofrimento da família causada pela presença da doença
no cotidiano, além de ser motivo de esperança em relação à cura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O modelo teórico "Procurando manter o equilíbrio para cuidar de suas demandas e da
criança hospitalizada", desenvolvido com famílias de crianças hospitalizadas por
condições agudas, pode ser aplicado às famílias de crianças com doenças crônicas, tendo
em vista que os dados empíricos oriundos deste estudo sugerem que as famílias de
crianças com doenças crônicas ao vivenciarem este fenômeno no seu cotidiano, sentem-se
com se estivessem "Perdendo o controle sobre seu funcionamento" e a seguir iniciam um
movimento "Buscando um novo ritmo de funcionamento".
Por isso, a prática de enfermagem com alvo no Cuidado Centrado na Família precisa ser
uma constante nas organizações de saúde, implicando a utilização de uma abordagem
sistêmica, para a avaliação e intervenção na família. A família deve ser auxiliada a
adquirir o controle da situação de doença da sua criança, através da busca das suas
próprias demandas e desafios. Assim, a família pode se tornar mais bem adaptada e
competente para cuidar da criança crônica e conseguir administrar a situação, que toda a
família vivencia, com um sofrimento menos intenso.
Assim, a realização deste estudo tem relevância social, teórica e profissional. Os
resultados contribuíram para desvelar os impactos gerados pela hospitalização de
crianças portadoras de doenças crônicas incorporando uma nova forma de atenção prestada
ao familiar, com foco não apenas na hospitalização e na criança, mas de forma ampliada,
incluindo a família como dependente e necessitada de atenção. Ainda, contribui com a
escassa produção cientifica brasileira referente aos impactos em familiares da
hospitalização de crianças portadoras de doenças crônicas, proporcionando ainda a
elaboração de outros estudos posteriores com investigações que possam acrescentar esta
pesquisa e trazer outras vertentes da temática.
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acompanhante da criança hospitalizada: facilidades e dificuldades. Cienc Cuid Saude.
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Authorship
Luciano Marques dos Santos AUTOR CORRESPONDENTE: Luciano Marques dos Santos. E-mail:
lucmarxenfo@yahoo.com.br
Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem. Feira de Santana-BA,
BrasilUniversidade Estadual de Feira de
SantanaBrasilFeira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem. Feira de Santana-BA,
Brasil
Hosana Rocha Valois
Secretaria Municipal da Saúde de Juazeiro.
Juazeiro-BA, BrasilSecretaria Municipal da Saúde de
JuazeiroBrasilJuazeiro, BA, BrasilSecretaria Municipal da Saúde de Juazeiro.
Juazeiro-BA, Brasil
Silvone Santa Bárbara da Silva Santos
Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-graduação em
Enfermagem. Feira de Santana-BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de
SantanaBrasilFeira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-graduação em
Enfermagem. Feira de Santana-BA, Brasil
Evanilda Souza de Santana Carvalho
Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-graduação em
Enfermagem. Feira de Santana-BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de
SantanaBrasilFeira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-graduação em
Enfermagem. Feira de Santana-BA, Brasil
Rosana Castelo Branco de Santana
Universidade Federal da Bahia, Escola de
Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Salvador-BA,
BrasilUniversidade Federal da BahiaBrasilSalvador, BA, BrasilUniversidade Federal da Bahia, Escola de
Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Salvador-BA,
Brasil
Sheila da Silva Sampaio
Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem. Feira de Santana-BA,
BrasilUniversidade Estadual de Feira de
SantanaBrasilFeira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem. Feira de Santana-BA,
Brasil
Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem. Feira de Santana-BA,
BrasilUniversidade Estadual de Feira de
SantanaBrasilFeira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem. Feira de Santana-BA,
Brasil
Secretaria Municipal da Saúde de Juazeiro.
Juazeiro-BA, BrasilSecretaria Municipal da Saúde de
JuazeiroBrasilJuazeiro, BA, BrasilSecretaria Municipal da Saúde de Juazeiro.
Juazeiro-BA, Brasil
Universidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-graduação em
Enfermagem. Feira de Santana-BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de
SantanaBrasilFeira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana,
Departamento de Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem, Programa de Pós-graduação em
Enfermagem. Feira de Santana-BA, Brasil
Universidade Federal da Bahia, Escola de
Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Salvador-BA,
BrasilUniversidade Federal da BahiaBrasilSalvador, BA, BrasilUniversidade Federal da Bahia, Escola de
Enfermagem, Programa de Pós-graduação em Enfermagem. Salvador-BA,
Brasil
How to cite
Santos, Luciano Marques dos et al. Applicability of theoretical model to families of children with chronic disease in intensive care. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2014, v. 67, n. 2 [Accessed 5 April 2025], pp. 187-194. Available from: <https://doi.org/10.5935/0034-7167.20140024>. ISSN 1984-0446. https://doi.org/10.5935/0034-7167.20140024.
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