Atentar para os fatores de risco de cada indivíduo (veias filiformes e/ou frágeis, obesidade, múltiplas punções venosas prévias, presença de doenças de pele disseminadas (por exemplo, eczema ou psoríase), movimentação do paciente e nível de consciência (9,15,17,22,26,28,30)
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Aconselhar o paciente a relatar qualquer nível de dor, ardência, formigamento ou prurido, o que sugere infiltração perivenosa, ou seja, orientado para o reconhecimento do extravasamento (16-18,22,29-31)
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Evitar punção em membros com perda de sensibilidade, local de manipulação cirúrgica e membros irradiados anteriormente (16-17,22,26,30)
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Evitar puncionar locais como pulso, dorso da mão e proximidades das articulações (15-17,22,28-31)
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Evitar a utilização de acessos periféricos canalizados há mais de 24 horas, preferindo punção no momento (16-17,29-31)
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Evitar a utilização de dispositivos rígidos para a administração de QT vesicante (17,22,30)
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Utilizar sempre como material ideal de um cateter venoso periférico para administração de QT: quimicamente inerte, não trombogênico, flexível, radiopaco e transparente (17,22,30)
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Fixar o acesso venoso com meios que deixem o local da punção visível (15,20)
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Avaliar constantemente para risco de extravasamento venoso periférico (9,15-19,22,27-31)
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Verificar o fluxo sanguíneo, após punção e, em seguida, lavar com 10 ml de solução salina normal e verificar se há sinais de extravasamento (29-30). |
Lavar com 10 a 20 ml de solução salina entre diferentes infusões de drogas antineoplásicas (30-31)
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Verificar o retorno de sangue antes que a QT seja administrada e, regularmente, durante a infusão em bolus
(30-31)
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Administrar soluções fisiológicas concomitantemente à infusão de QT vesicante e/ou irritante (16,30-31)
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Monitorizar o acesso puncionado tanto para avaliação da permeabilidade deste como também para a rápida visualização de possíveis reações oriundas de lesões vasculares ou extravasamento (9,15-17,30-31)
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Contraindicar o uso de bombas de infusão para QT em bolus
(17,30-31)
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Treinar a equipe de enfermagem e implementar protocolos de prevenção de extravasamento de QT são cruciais (9,16-17,22,28-30)
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Recomendar o uso de acesso venoso central para administração de drogas vesicantes ou irritantes (9,16-17,30)
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Aconselhar os pacientes a obter acesso venoso central sempre que indicado e fornecer o consentimento informado sobre os riscos e benefícios de tal acesso (9,29-30)
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Condutas frente ao extravasamento de agentes antineoplásicos em adultos
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Usar a incidência de extravasamento como um indicador de qualidade (9,18,30)
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Treinar a equipe de enfermagem e implementar protocolos de condutas nos extravasamentos de QT (20,22,26-28,30-31)
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Lembrar que, caso ocorra um extravasamento, o grau de dano depende do tipo de droga, da concentração do fármaco, da localização do extravasamento e do tempo que um medicamento desenvolve seu potencial de dano (26,30-31)
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Parar a infusão de QT é a primeira medida quando ocorre o extravasamento ou sua suspeita (9,17,22,27,30-31)
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Atentar para: em caso de um extravasamento suspeito, tratá-lo como um evento real (9,30)
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Realizar a aspiração da droga, a elevação do membro e a aplicação de compressa térmica (frio ou calor) (17,20,22,27,30-31)
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Demarcar e fotografar a área com extravasamento de QT (17,24-25,30-31)
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Aplicar compressa durante 20 minutos, quatro vezes por dia durante um ou dois dias somente para QT classificadas como alcaloides da vinca (17,22,31)
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Aplicar compressas frias nos extravasamentos por antraciclinas, antibióticos tumorais e agentes alquilantes. Somente na oxaliplatina é aplicado calor (17,22-23)
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Acompanhar o extravasamento de QT (enfermeiro e provedor de pacientes), sendo ele extravasamento real ou suspeito (17,24-28,30-31)
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Acompanhar o extravasamento por telefone ou pessoalmente. No dia 1 após o evento e, no mínimo, semanalmente (ou com mais frequência, conforme necessário). O acompanhamento deve continuar por um período de três a seis semanas, ou até a resolução completa do extravasamento (9,17,28,30)
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Iniciar o mais cedo possível (até 6 horas) o dexrazoxane (Savene®), único antídoto licenciado para o tratamento de extravasamento deantraciclina (19-21,27,30-31); administrar por via intravenosa em uma veia em uma área longe do local do extravasamento, a uma dose de 1000 mg/m2 dia e de dois a 500 mg/m2 no dia três (17-19,21,30)
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Iniciar o mais cedo possível DMSO tópico (99%), de preferência nos primeiros 10 minutos, em caso de extravasamento de mitomicina C. Deve ser aplicado a cada 8 horas durante 7 dias (18,27-28,30)
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Usar tiossulfato de sódio 0,17 M (uma solução de tiossulfato de sódio 4 ml de 10% e 6 ml de água estéril para injeção) em injeção subcutânea imediatamente em caso de extravasamento de Mecloretamina. Injeção subcutânea de 2 ml de solução feita a partir de 4 ml de tiossulfato de sódio + 6 ml de água estéril (24,30-31)
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Administrar hialuronidase em injeção subcutânea (150-900 UI ao redor da área de extravasamento) em caso de extravasamento de alcaloides da vinca (28,30-31), após, aplicação de calor seco durante um período de sete dias (três vezes ao dia) (28,30-31)
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Administrar hialuronidase em injeção subcutânea150-900 UI ao redor da área de extravasamento de taxanos (30), sem aplicação de calor após o extravasamento de paclitaxel (28)
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Atentar para não usar corticosteroides subcutâneo (28,30) e tópico em extravasamentos de QT (17,28,30)
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Avisar ao médico do paciente e consultar um cirurgião plástico dentro de 24 horas após detecção de extravasamento de agente antineoplásico vesicante (28,30-31)
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Documentar fotograficamente (autorizada por escrito pelo paciente) e registrar em prontuário a data, horário, nome do medicamento extravasado, sinais e sintomas, descrição do acesso venoso, local do extravasamento, além da evolução do caso de extravasamento de QT (9,16-31)
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Manter um kit de emergência para extravasamento (contendo, no mínimo: luvas de procedimentos, avental de baixa permeabilidade, compressas absorventes, proteção respiratória e ocular, sabão, recipiente identificado para recolhimento dos resíduos) sempre disponível nos locais onde são administrados agentes antineoplásicos (18,29-31)
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