O Município de Porto Ferreira-SP., por suas características geográficas, hidrográficas, topológicas e climáticas, associadas ao tipo de vegetação existente, favorece a procriação da espécie de flebotomíneos e conseqüentemente um aumento na incidência da Leishmaniose a partir de 1981. Os dados foram obtidos junto à Ficha de Investigação Epidemiológica e também através de entrevista para os casos residentes na localidade. Foram registrados 40 casos até o primeiro semestre de 1993 os quais ocorreram basicamente dentro de uma mesma área, que a denominamos de área crítica. O comportamento epidemiológico da doença no município difere do tradicional, citado na literatura, quando observamos que as mulheres estão sendo mais afetadas, com ocupação principal do lar, caracterizando uma transmissão autóctone, domiciliar e urbana. O fluxo de atendimento dos pacientes na rede básica de saúde também foi avaliado, identificando-se algumas questões a respeito do tempo decorrente entre os primeiros sintomas até o tratamento específico. Ações de controle epidemio-sanitário foram propostas no sentido de conter a incidência da doença no município.
Leishmaniose; Epidemiologia