Acessibilidade / Reportar erro

Verificação da eficácia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10 000 p. p. m. de cloro na esterilização do material de inaloterapia

Resumos

A autora realizou um estudo bacteriológico do material de inaloterapia, quando testou 60 (sessenta) máscaras e 60 (sessenta) nebulizadores com o objetivo de verificar a eficácia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro na esterilização. No decorrer do trabalho em questão, observou-se o desenvolvimento de 2,075 colônias nas máscaras e 601 nos nebulizadores, provando que nas primeiras a contaminação é mais facilmente observada, pelo fato de estarem em contato com o cliente. Por outro lado, percebeu-se que a lavagem e a escovação contribuem positivamente para a eficácia da esterilização do material de inaloterapia, cujo processo de esterilização é completado através de uma exposição do material por 20 (vinte) a 30 (trinta) minutos em solução de hipoclorito de sódio a 1,5%, com 10.000 p. p. m. de cloro.


A bacteriological study of the inhalation terapy material was made by the author, 60 (sixty) mask and 60 (sixty) nebulizers were utilized in this word, whith the objective to verify the efficacy of sodium hipochlorite solution at 1,5% with 10.000 p.p.m. of chlorine at the sterilization. In the development of the work, was observed the appearing of 2.075 colonies in the mask and 601 in the nebulizers. It was proved that in the first, the contamination is more easily, by the fact of are been in contact with the client. Beyond this, was observed that the cleansing and the brushing of the inhalation terapy material, whose process in complet ed by the material exposition during 20 (twenty) to 30 (thirty) minuts in a sodium hipo chlorite solution at 1.5% with 10.000 p.p.m. of chlorine.


ARTIGO CIENTÍFICO

Verificação da eficácia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10 000 p. p. m. de cloro na esterilização do material de inaloterapia

Anice de Fátima Ahmad

Especialista em Enfermagem médico-cirúrgica da Universidade Federal do Paraná

RESUMO

A autora realizou um estudo bacteriológico do material de inaloterapia, quando testou 60 (sessenta) máscaras e 60 (sessenta) nebulizadores com o objetivo de verificar a eficácia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro na esterilização. No decorrer do trabalho em questão, observou-se o desenvolvimento de 2,075 colônias nas máscaras e 601 nos nebulizadores, provando que nas primeiras a contaminação é mais facilmente observada, pelo fato de estarem em contato com o cliente. Por outro lado, percebeu-se que a lavagem e a escovação contribuem positivamente para a eficácia da esterilização do material de inaloterapia, cujo processo de esterilização é completado através de uma exposição do material por 20 (vinte) a 30 (trinta) minutos em solução de hipoclorito de sódio a 1,5%, com 10.000 p. p. m. de cloro.

ABSTRACT

A bacteriological study of the inhalation terapy material was made by the author, 60 (sixty) mask and 60 (sixty) nebulizers were utilized in this word, whith the objective to verify the efficacy of sodium hipochlorite solution at 1,5% with 10.000 p.p.m. of chlorine at the sterilization. In the development of the work, was observed the appearing of 2.075 colonies in the mask and 601 in the nebulizers. It was proved that in the first, the contamination is more easily, by the fact of are been in contact with the client. Beyond this, was observed that the cleansing and the brushing of the inhalation terapy material, whose process in complet ed by the material exposition during 20 (twenty) to 30 (thirty) minuts in a sodium hipo chlorite solution at 1.5% with 10.000 p.p.m. of chlorine.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AGUILLAR. O.M. et alii. Avaliação da ação esterilizante de um composto quaternário de amonio em cateteres cardíacos. Rev. Bras. Enf.. Brasilia. 35(1):3-6.jan./mar. 1982

2. ALVES, E. Medicina de urgência. 6 ed. São Paulo. Atheneu, 1976. p. 545.

3. ASSUMPÇÃO, C. Princípios básicos de esterilização a vapor. Rev. Bras. Enf, Brasilia, 26(1/2): 67-70, jan./fev. 1973.

4. BIER, O. Microbiologia e imunologia. 23 ed. São Paulo. Melhoramentos, 1984. p. 160.

5. BRANNIN, P. K. Oxygen therapy and measures of bronchial hvgiene. Nurs. Clin. North Am., Colorado, 9(1):112-1, 116-8, Mar. 1974.

6. CASTELANOS. B. P. et alii. Estudo da utilização das soluções desinfetantes em centro cirúrgico - Comparação da sua utilização em alguns hospitais do Distrito de São Paulo. Rev. Bras. Enf., Brasília, 27(4):416-34, out./dez. 1974.

7. COATES, D. et alii. Use of buffered hipochlorite solution for desinfecting fibrescopes. J.Clin. Pathol., London. 35(3):296-303, Mar. 1982.

8. CORBETT, C. E. Elementos de farmacodinámica. 2. ed. São Paulo. Artes médicas, 1966. p. 759.

9. DARROW LABORATÓRIOS. Assepsia. Infecções hospitalares, s. n. t., s. d. Apostilas.

10. ______. Manual de assepsias hospitalares, s. n. t., 1978. Apostilas.

11. GOFFI. F. S. et alii. Técnica cirúrgica. 2. ed. São Paulo, Atheneu. 1980. p. 494.

12. GOODMAN, L. S. et alii. The pharmacological basis of therapeutics. 6. ed. New York, Mac Millan, 1980.984 p.

13. HABBISCH, H. Fisiologia respiratória. São Paulo. Edart, 1973. p. 13-20.

14. HANDBOOK of Reactive Chemical Hazards. Brethrick. 2. ed. London, Butterworths, 1979, p. 805.

15. MANTINDALE. The extra pharmacopocia. 27. ed. London, Pharmaceutical, 1977. 533 p.

16. MARTINS, R. et alii. Infecção hospitalar. Lagoa, Nestlé, 1982.26 p.

17. MENDES, M. R. et alii. Manual de patologia clínica. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1976. p. 116.

18. ______. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1977. p.6-11.

19. MORIYA, T. M. et alii. Antissépticos e/ou desinfetantes: deteriorização e contaminação. Rev. Bras. Enf, Brasilia, 35(3,4): 238-43, jul./dez. 1982.

20. ______. Microorganismos em antissépticos e desinfetantes. Rev. Bras. Enf, Brasília, 24(4):66-9, out./dez. 1976.

21. ROSE. A. E. Dicionário de química e produtos químicos. Barcelona, Omega, s. d. 863 p.

22. SUE CROW, R. N. M. S. N. Antiseptics, disinfectants, and methods of sterilization. Nurs. Cin. North Am.. Lousiana. 15(4):879-80, Dec. 1980.

ANEXO I

Técnica (I) - utilizada para a esterilização do material de inaloterapia no grupo experimental (A).

Objetivo:

• Esquematizar as etapas da técnica de lavagem e escovação do material de inaloterapia.

• Reduzir o índice de infecções cruzadas. A técnica obedecerá às seguintes etapas:

1.º) Escovar e lavar o material de inaloterapia com água e sabão, da seguinte forma:

• Máscaras - escovar a parte externa e a parte interna, com escova de cerdas pequenas e finas, após a escovação enxaguar em água corrente.

• Nebulizadores - escovar a parte externa com escova de cerdas pequenas e finas e a parte interna escovar com escova para limpeza de vidraria, procurando retirar todos os resíduos existentes nos orifícios e enxaguar em água corrente.

2.º) Imergir o material de inaloterapia em recipiente de polietileno, opaco, contendo solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro, em um tempo de 10, 20 e 30 minutos. Esse recipiente deverá ficar em lugar protegido dos raios solares.

3.º) Retirar após 30 minutos o material de inaloterapia da solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro, com pinça instrumental.

4.º) Armazenar em recipiente de polietileno, opaco, com compressas esterilizadas, devidamente vedado.

Observação:

• A pinça instrumental deverá ficar em um frasco com esterilizante e a escolha do mesmo depende de cada instituição.

• Será usado tubo de látex, estéril para cada cliente.

• Durante a nebulização, o cliente deve ser orientado quanto à importância de não tocar no material de inaloterapia.

• As escovas, tanto de cerdas pequenas e finas quanto as de limpeza para vidraria, devem ser esterilizadas.

Técnica (II) - utilizada para a esterilização do material de inaloterapia no grupo Controle (B).

• Após o término da nebulização, o material de inaloterapia deve ser colocado em recipiente de polietileno, opaco, contendo solução de hipoclorito de sódio a 1,5% com 10.000 p.p.m. de cloro durante 10, 20 e 30 minutos.

Em ambas as técnicas, foi observado que o material permaneceu com a coloração inalterada e, conseqüentemente, terá maior durabilidade.

Anexo 2-3 Anexo 2-3

Anexo 4 Anexo 4

ANEXO V

MINISTÉRIO DA SAÚDE GABINETE DO MINISTRO

Portaria nº 196, de 24 de junho de 1983

O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições,

Considerando que as infecções hospitalares podem causar significativos danos à clientela dos serviços de saúde; Considerando que o seu equacionamento envolve medidas que, basicamente, devem ser tomadas a nível do hospital, abrangendo a sua estrutura e funcionamento; Considerando que, de acordo com a Lei nº 6.229, de 17 de julho de 1975, ao Ministério da Saúde como órgão normativo do Sistema Nacional de Saúde, cabe elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde (Art. 1.º, item I, alínea "b"); Considerando que, pelo mesmo diploma legal, ao referido Sistema compete a fiscalização sanitária sobre as condições de exercício das profissões e ocupações técnicas e auxiliares relacionadas diretamente com a saúde (Art. 1.º, item I, alínea "b"); Considerando que, no exercício dessa fiscalização, deverão os órgãos estaduais de saúde observar, entre outros requisitos e condições, a adoção pela instituição prestadora de serviços, de meios de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes, pacientes e circunstantes (Decreto nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976, Art. 29, item IV); Considerando que, por força do disposto no artigo 79 do Decreto acima mencionado, o Ministério da Saúde orientará e providenciará sobre a exata aplicação do disposto em seu texto e das demais normas legais e regulamentares pertinentes ao assunto; Considerando a necessidade de elaboração de normas técnicas sobre a prevenção de infecções hospitalares, para balisar a atividade fiscalizadora dos órgãos estaduais de saúde; Considerando, finalmente, as conclusões do Grupo de Trabalho, instituído pela Resolução CIPLAN nº 002/83, de 31 de janeiro de 1983, RESOLVE:

1. Expedir, na forma dos anexos, instruções para o controle e prevenção das infecções hospitalares.

2. A ocorrência de caso de infecção hospitalar decorrente do uso inadequado de procedimento diagnóstico e terapêutico, em descumprimento das normas ora estabelecidas ensejará as medidas previstas no artigo 5º do Decreto nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976.

3. Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, fixando-se às instituições hospitalares o prazo de 180 dias para adotarem as disposições.

Waldyr Mendes Arcoverde

  • 2. ALVES, E. Medicina de urgência. 6 ed. São Paulo. Atheneu, 1976. p.
  • 3. ASSUMPÇÃO, C. Princípios básicos de esterilização a vapor. Rev. Bras. Enf, Brasilia, 26(1/2): 67-70, jan./fev. 1973.
  • 4. BIER, O. Microbiologia e imunologia. 23 ed. São Paulo. Melhoramentos, 1984. p.
  • 5. BRANNIN, P. K. Oxygen therapy and measures of bronchial hvgiene. Nurs. Clin. North Am., Colorado, 9(1):112-1, 116-8, Mar. 1974.
  • 6. CASTELANOS. B. P. et alii. Estudo da utilização das soluções desinfetantes em centro cirúrgico - Comparação da sua utilização em alguns hospitais do Distrito de São Paulo. Rev. Bras. Enf., Brasília, 27(4):416-34, out./dez. 1974.
  • 7. COATES, D. et alii. Use of buffered hipochlorite solution for desinfecting fibrescopes. J.Clin. Pathol., London. 35(3):296-303, Mar. 1982.
  • 8. CORBETT, C. E. Elementos de farmacodinámica. 2. ed. São Paulo. Artes médicas, 1966. p.
  • 9
    DARROW LABORATÓRIOS. Assepsia. Infecções hospitalares, s. n. t., s. d. Apostilas.
  • 10. ______. Manual de assepsias hospitalares, s. n. t., 1978. Apostilas.
  • 11. GOFFI. F. S. et alii. Técnica cirúrgica. 2. ed. São Paulo, Atheneu. 1980. p.
  • 13. HABBISCH, H. Fisiologia respiratória. São Paulo. Edart, 1973. p. 13-20.
  • 14. HANDBOOK of Reactive Chemical Hazards. Brethrick. 2. ed. London, Butterworths, 1979, p.
  • 17. MENDES, M. R. et alii. Manual de patologia clínica. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1976. p.
  • 18
    ______. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1977. p.6-11.
  • 19. MORIYA, T. M. et alii. Antissépticos e/ou desinfetantes: deteriorização e contaminação. Rev. Bras. Enf, Brasilia, 35(3,4): 238-43, jul./dez. 1982.
  • 20. ______. Microorganismos em antissépticos e desinfetantes. Rev. Bras. Enf, Brasília, 24(4):66-9, out./dez. 1976.
  • 22. SUE CROW, R. N. M. S. N. Antiseptics, disinfectants, and methods of sterilization. Nurs. Cin. North Am.. Lousiana. 15(4):879-80, Dec. 1980.

Anexo 2-3

Anexo 4

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Mar 2015
  • Data do Fascículo
    Jun 1985
Associação Brasileira de Enfermagem SGA Norte Quadra 603 Conj. "B" - Av. L2 Norte 70830-102 Brasília, DF, Brasil, Tel.: (55 61) 3226-0653, Fax: (55 61) 3225-4473 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: reben@abennacional.org.br