RESUMO
Objetivos:
analisar os riscos de mortes nas primeiras 24 horas de vida e suas causas evitáveis.
Métodos:
estudo transversal realizado em Pernambuco, Nordeste do Brasil, entre 2000-2019, com dados de mortalidade e nascidos vivos. Analisou-se a evitabilidade pela Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde. Para as análises estatísticas, utilizou-se o teste de Qui-quadrado de Pearson e os riscos relativo e atribuível.
Resultados:
registraram-se 13.601 óbitos, sendo 10.497 (77,19%) por causas evitáveis. Do total, 5.513 (40,53%) eram reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação. Quanto menor a idade gestacional, o peso ao nascer e a escolaridade, maior o risco relativo e atribuível ao óbito nas primeiras 24 horas de vida.
Conclusões:
a maior parte dos óbitos foram considerados evitáveis e com elevados riscos relativo e atribuível. Esses óbitos precoces sugerem falhas assistenciais e a necessidade de reforçar as medidas de prevenção e tratamento.
Descritores:
Causas de Morte; Mortalidade Infantil; Mortalidade Neonatal; Sistemas de Informação; Estatísticas Vitais.