RESUMO
O artigo utiliza a abordagem centro-periferia desenvolvida pela escola histórico-estruturalista latino-americana para estudar as conseqüências da integração européia sobre as economias periféricas do bloco. As causas estruturais da crise da zona do euro são explicadas em termos das trajetórias divergentes de economias interdependentes com diferentes capacidades produtivas. Argumenta-se que, assim como na década de 1970, os novos desafios enfrentados pela UE - transformação digital, novos padrões de consumo, inversão da globalização para os blocos regionais, desencanto com o projeto europeu - exigem uma mudança radical nas estruturas institucionais e produtivas da Europa. Evitar a perspectiva de uma crise desintegradora significa rever as instituições e políticas europeias na direção de uma União mais igualitária e coesa.
PALAVRAS-CHAVE:
crise do euro; sul da Europa; escola da dependência; política industrial