Este artigo busca refletir sobre uma questão-chave que perpassa grande parte da literatura crítica à teoria do ciclo do produto: o que foi superado e o que permanece vivo nessa teoria. Após sistematizar o mecanismo básico do ciclo do produto, discutem-se algumas principais insuficiências apontadas e/ou sugeridas pela literatura. Argumenta-se que, se não mais se sustenta a hipótese de que a dinâmica das inovações e dos investimentos diretos externos responde à cronologia do ciclo de vida do produto, por outro lado, a hipótese de que as vantagens comparativas possuem um caráter dinâmico, cuja natureza e importância relativa se modificam ao longo do tempo, em resposta a mudanças nos condicionantes da produção, e conforme o estágio de desenvolvimento e complexidade do produto, permanece viva e mais atual do que nunca.
investimento direto estrangeiro; inovação de produto; ciclo do produto