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Capacidade preditiva de escores prognósticos para lesão renal, diálise e óbito em unidades de terapia intensiva* * Extraído da tese: “Incidência, fatores de risco e mortalidade em lesão renal aguda em unidade de terapia intensiva: coorte prospectiva”, Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, 2021.

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a capacidade dos escores Charlson, SAPS 3 e SOFA na predição da lesão renal aguda, necessidade de diálise e óbito em pacientes da unidade de terapia intensiva.

Método:

Coorte prospectiva, com 432 indivíduos internados em quatro unidades de terapia intensiva. Analisaram-se características clínicas na admissão, perfil de gravidade e intensidade dos cuidados por meio de testes de associação e correlação. A sensibilidade e especificidade dos escores foram avaliadas por meio da curva ROC.

Resultados:

Os resultados mostram que os pacientes com lesão renal aguda eram mais velhos (65[27] anos vs. 60[25] anos, p = 0,019) e em sua maioria procedentes da unidade de emergência (57,9% vs. 38,0%, p < 0,001), quando comparados àqueles do grupo sem lesão renal aguda. Para a previsão de diálise, os resultados do SAPS 3 e do SOFA foram AUC: 0,590; IC95%: 0,507–0,674; p-valor: 0,032 e AUC: 0,667; IC95%: 0,591–0,743; p-valor: 0,000, respectivamente. Todos os escores apresentaram bom desempenho para o óbito.

Conclusão:

Os escores de prognósticos apresentaram boa capacidade para predizer lesão renal aguda, diálise e óbito. O Índice de Comorbidade de Charlson apresentou boa capacidade preditiva para a lesão renal aguda e óbito; entretanto, não apresentou bom desempenho para a necessidade de diálise.

DESCRITORES
Injúria Renal Aguda; Unidades de Terapia Intensiva; Diálise; Morte; Escala Psicológica Aguda Simplificada; Escores de Disfunção Orgânica

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