Resumos
OBJETIVO
Descrever as fases do processo de potencialização de um grupo de terceira idade de uma comunidade rural.
MÉTODO
Pesquisa convergente assistencial cujo fundamento é utilizar o espaço da prática. Conduzida com a proposta de mudar a práxis de 21 idosos e nove profissionais de saúde, com vistas a sua potencialização para a promoção da saúde. Os dados foram coletados durante 22 encontros, além de entrevistas grupais ao final da intervenção.
RESULTADOS
Mostraram que apesar do impacto inicial da mudança, o grupo foi capaz de acolher a novidade, aproveitando o espaço para expressar angústias, compartilhar alegrias, construir novos conhecimentos, o que levou à incorporação de mudanças que refletiram na elaboração de hábitos saudáveis e melhora no relacionamento interpessoal.
CONCLUSÃO
A pesquisa convergente assistencial se constituiu em estratégia que modificou a vida grupal, potencializando as ações de promoção da saúde.
Idoso; População Rural; Processos Grupais; Promoção da Saúde; Enfermagem em Saúde Comunitária; Saúde do Idoso
OBJECTIVE
To describe the stages of the empowerment process of a group of seniors in a rural community.
METHOD
Convergent care research whose foundation is to use the scope of practice. Conducted with the proposal to change the practice of 21 seniors and nine health professionals, with the aim of health promotion empowerment. Data were collected during 22 meetings, and group interviews at the end of the intervention.
RESULTS
Showed that despite the initial impact of the change, the group was able to welcome the new change, taking advantage of the space to express anxieties, share joys, and build new knowledge, which led to the incorporation of changes that reflected in the development of healthy habits and improvements in interpersonal relationships.
CONCLUSION
The convergent care research consisted of strategy that changed the group's lives, empowering them with health promoting actions.
Aged; Rural Population; Group Processes; Health Promotion; Community Health Nursing; Health of the Elderly
El presente estudio describe las etapas de la capacitación de un grupo de personas mayores en una comunidad rural en la vista del análisis convergente. Estudio realizado con la propuesta de cambiar la praxis de 21 personas mayores y nueve profesionales de la salud, con miras a su capacitación para la promoción de la salud, cuya intervención se sugiere la incorporación de nuevo el funcionamiento del grupo. Los datos fueron recolectados durante 22 reuniones y entrevistas de grupos al final de la intervención. Los resultados muestran que a pesar del impacto inicial de la modificación, el grupo fue capaz de dar la bienvenida al nuevo, disfrutando del espacio para expresar la angustia, compartir alegrías, construir nuevos conocimientos, lo que llevó a la incorporación de los cambios se reflejan en el desarrollo de hábitos saludables y de mejora en las relaciones interpersonales. Se concluye que la investigación convergente consistió en la estrategia que cambió la vida de grupo, potenciando las acciones de promoción de la salud.
Anciano; Población Rural; Procesos de Grupo; Promoción de la Salud; Enfermería en Salud Comunitária; Salud del Anciano
Introdução
Atualmente, há cerca de 20,5 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos
no Brasil, o que representa, aproximadamente, 10,8% da população
brasileira(11 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo
demográfico 2010: características da população e dos domicílios: resultados do
universo [Internet]. Rio de Janeiro: IBGE; 2011 [citado 2014 fev. 26]. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/english/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_da_populacao/resultados_do_universo.pdf
http://www.ibge.gov.br/english/estatisti...
). Esse
contingente precisa de cuidados com vistas a ampliar o período de vida
saudável(22 Nogueira ALG, Munari DB, Santos LF, Oliveira LMAC, Fortuna CM.
Therapeutic factors in a group of health promotion for the elderly. Rev Esc Enferm
USP. 2013; 47(6):1352-8.).
Estudo de revisão evidenciou que existem barreiras no acesso dos idosos aos serviços
de saúde decorrentes de entraves geográficos, econômicos, sociodemográficos,
culturais e funcionais(33 Silva JRG, Galdino MNAS, Bezerra ALD, Sousa MNA. Direito à saúde:
revisão integrativa da literatura sobre o acesso de idosos aos serviços de saúde. Rev
Eletr Fainor [Internet]. 2012 [citado 2013 set. 21];5(1):25-42. Disponível em:
http://srv02.fainor.com.br/revista/index.php/memorias/article/view/145
http://srv02.fainor.com.br/revista/index...
).
Neste sentido, grupos constituídos por pessoas idosas têm sido realizados como
estratégias de empoderamento(22 Nogueira ALG, Munari DB, Santos LF, Oliveira LMAC, Fortuna CM.
Therapeutic factors in a group of health promotion for the elderly. Rev Esc Enferm
USP. 2013; 47(6):1352-8.), que
pode ser conceituado como um sentimento de maior controle sobre a própria vida que as
pessoas experienciam por meio do pertencimento a distintos grupos(33 Silva JRG, Galdino MNAS, Bezerra ALD, Sousa MNA. Direito à saúde:
revisão integrativa da literatura sobre o acesso de idosos aos serviços de saúde. Rev
Eletr Fainor [Internet]. 2012 [citado 2013 set. 21];5(1):25-42. Disponível em:
http://srv02.fainor.com.br/revista/index.php/memorias/article/view/145
http://srv02.fainor.com.br/revista/index...
-44 Carvalho SR, Gastaldo D. Promoção à saúde e empoderamento: uma reflexão
a partir das perspectivas crítico-social pós-estruturalista. Ciênc Saúde Coletiva
[Internet]. 2008 [citado 2013 set. 21];13Supl. 2:2029-40. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2a07.pdf
http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2...
). Trata-se de um dos conceitos estruturais da promoção da saúde e
se refere à capacidade do ser humano viver as diferentes etapas da vida, bem como
lidar com as limitações impostas pelas morbidades que porventura venham a
existir(44 Carvalho SR, Gastaldo D. Promoção à saúde e empoderamento: uma reflexão
a partir das perspectivas crítico-social pós-estruturalista. Ciênc Saúde Coletiva
[Internet]. 2008 [citado 2013 set. 21];13Supl. 2:2029-40. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2a07.pdf
http://www.scielo.br/pdf/csc/v13s2/v13s2...
).
Nos grupos, o empoderamento é potencializado, já que as pessoas desenvolvem uma ação
interativa, cujas experiências são compartilhadas(22 Nogueira ALG, Munari DB, Santos LF, Oliveira LMAC, Fortuna CM.
Therapeutic factors in a group of health promotion for the elderly. Rev Esc Enferm
USP. 2013; 47(6):1352-8.,55 Magnabosco P, Nogueira MS. Avaliação da contribuição do grupo de
convivência para o cuidado do indivíduo Rev Eletr Enferm [Internet]. 2011 [citado
2013 set. 21];13(1):110-7. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i1.11437
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i1.1143...
). A inserção nesses
grupos facilitou inclusive o engajamento social dos idosos, aspecto determinante no
combate a doenças crônicas(66 Van Leuven KA. Health practices of older adults in good health. J
Gerontol Nurs 2010;36(6):38-46.).
Estudos realizados nos últimos anos demonstraram que as práticas grupais têm sido uma
estratégia na promoção da saúde de idosos(22 Nogueira ALG, Munari DB, Santos LF, Oliveira LMAC, Fortuna CM.
Therapeutic factors in a group of health promotion for the elderly. Rev Esc Enferm
USP. 2013; 47(6):1352-8.,55 Magnabosco P, Nogueira MS. Avaliação da contribuição do grupo de
convivência para o cuidado do indivíduo Rev Eletr Enferm [Internet]. 2011 [citado
2013 set. 21];13(1):110-7. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i1.11437
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i1.1143...
,66 Van Leuven KA. Health practices of older adults in good health. J
Gerontol Nurs 2010;36(6):38-46.
7 Dias FA, Tavares DMS. Fatores associados à participação de idosos em
atividades educativas grupais. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):70-77.
8 Tahan J, Carvalho ACD. Reflexões de idosos participantes de grupos de
promoção de saúde acerca do envelhecimento e da qualidade de vida. Saúde Soc
[Internet]. 2010 [citado 2013 set. 21];19(4):878-88. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29710/31585
http://www.revistas.usp.br/sausoc/articl...
9 Machado VB, Barros APM. Revisão sistemática sobre os benefícios
adquiridos na promoção do envelhecimento saudável. Gestão Saúde [Internet]. 2012
[citado 2013 set. 21];3(2):692-703. Disponível em:
http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/181
http://gestaoesaude.unb.br/index.php/ges...
10 Almeida SP, Soares SM. Aprendizagem em grupo operativo de diabetes: uma
abordagem etnográfica. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15 Supl.
1:1123-32.-711 Combinato DS, Dalla Vecchia M, Lopes EG, Manoel RAM, Oliveira ACS, Silva
KF. "Grupos de conversa": saúde da pessoa idosa na Estratégia Saúde da Família.
Psicol Soc. 2010;22(3):558-68.). Porém a
maior parte das pesquisas, particularmente no Brasil, envolvem grupos de idosos na
área urbana(22 Nogueira ALG, Munari DB, Santos LF, Oliveira LMAC, Fortuna CM.
Therapeutic factors in a group of health promotion for the elderly. Rev Esc Enferm
USP. 2013; 47(6):1352-8.,55 Magnabosco P, Nogueira MS. Avaliação da contribuição do grupo de
convivência para o cuidado do indivíduo Rev Eletr Enferm [Internet]. 2011 [citado
2013 set. 21];13(1):110-7. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i1.11437
http://dx.doi.org/10.5216/ree.v13i1.1143...
,77 Dias FA, Tavares DMS. Fatores associados à participação de idosos em
atividades educativas grupais. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):70-77.
8 Tahan J, Carvalho ACD. Reflexões de idosos participantes de grupos de
promoção de saúde acerca do envelhecimento e da qualidade de vida. Saúde Soc
[Internet]. 2010 [citado 2013 set. 21];19(4):878-88. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29710/31585
http://www.revistas.usp.br/sausoc/articl...
9 Machado VB, Barros APM. Revisão sistemática sobre os benefícios
adquiridos na promoção do envelhecimento saudável. Gestão Saúde [Internet]. 2012
[citado 2013 set. 21];3(2):692-703. Disponível em:
http://gestaoesaude.unb.br/index.php/gestaoesaude/article/view/181
http://gestaoesaude.unb.br/index.php/ges...
10 Almeida SP, Soares SM. Aprendizagem em grupo operativo de diabetes: uma
abordagem etnográfica. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15 Supl.
1:1123-32.-711 Combinato DS, Dalla Vecchia M, Lopes EG, Manoel RAM, Oliveira ACS, Silva
KF. "Grupos de conversa": saúde da pessoa idosa na Estratégia Saúde da Família.
Psicol Soc. 2010;22(3):558-68.). Investigações que envolveram a saúde de idosos que
residem na área rural se restringiram, de modo geral, a descrever o perfil
epidemiológico de determinadas situações(1212 Bertuzzi D, Paskulin LGM, Morais EP. Arranjos e rede de apoio familiar
de idosos que vivem em uma área rural. Texto Contexto Enferm [Internet].
2012;21(1):158-66.
13 Santos EA, Tavares DMS, Rodrigues LR, Dias FA, Ferreira PCS. Morbidity
and quality of life of elderly individuals with diabetes mellitus living in urban and
rural areas. Rev Esc Enferm USP. 2013;47(2):393-400.
14 Tavares DMS, Arduini AB, Dias FA, Ferreira PCS, Oliveira EA. Perfil
sociodemográfico, capacidade funcional e qualidade de vida de homens idosos
residentes na zona rural. Rev REAS [Internet]. 2012 [citado 2013 set. 21];1(1):16-29.
Disponível em: http://www.uftm.edu.br/revis
http://www.uftm.edu.br/revis...
-1515 Tavares DMS, Gomes NC, Dias FA, Santos NMF. Fatores associados à
qualidade de vida de idosos com osteoporose residentes na zona rural. Esc Anna Nery.
2012;16(2):371-8.). Assim,
identificamos na literatura especializada uma lacuna relacionada à utilização de
atividades grupais enquanto estratégia para a promoção da saúde de idosos que vivem
em comunidades rurais. Esses aspectos motivaram o desenvolvimento do presente estudo,
cujo objetivo foi descrever as fases do processo de potencialização de um grupo de
terceira idade de uma comunidade rural.
Método
Pesquisa Convergente Assistencial (PCA)(1616 Trentini M, Paim L. Pesquisa convergente assistencial. Florianópolis: Insular; 2004.) cujo fundamento é utilizar o espaço da prática, envolvendo os profissionais que atuam em determinado cenário, a fim de gerar mudanças e melhorias na assistência. A PCA, nesse sentido, permite ao pesquisador a integração do processo de pesquisa e cuidado, sendo inspirada por novos paradigmas de pesquisa entre eles o naturalista, o construtivista e o interpretativo(1717 Paim L, Trentini M, Madureira VSF, Stamm M. Pesquisa convergente assistenciale sua aplicação em cenários da Enfermagem. Cogitare Enferm. 2008;13(3):380-6.).
No caso da presente investigação, foi proposta a mudança da práxis de um grupo, que era restrito a atividades de dança de forró e jogo de bingo, com vistas a sua potencialização para a promoção da saúde e incorporação de novo funcionamento grupal.
O cenário do estudo foi uma comunidade rural, do interior de Minas Gerais. Participaram os membros de um grupo da terceira idade, sua coordenadora e os profissionais da Equipe de Saúde da Família (ESF). Os critérios de inclusão foram: pertencer ao grupo há pelo menos um ano e participar de, no mínimo, três reuniões/mês. Para os profissionais de saúde, o critério foi trabalhar na ESF há pelo menos seis meses e que, de alguma forma, auxiliassem nas atividades do grupo. Aos participantes foram apresentados em um primeiro encontro os objetivos e método da investigação, momento em que foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
A intervenção grupal aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS), durante encontros semanais, cuja duração aproximada foi de duas horas. A condução pautou-se nos princípios da dinâmica de grupo de Kurt Lewin(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.), cuja intervenção grupal se baseia na dinâmica de pequenos grupos. Essa perspectiva fundamentou o processo de intervenção da PCA, tendo em vista o enfoque no grupo enquanto processo, e não nos indivíduos isoladamente(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.).
A pesquisa foi realizada entre janeiro/2011 e maio/2012, período em que foram realizados 22 encontros, registrados durante a realização da atividade. Os encontros foram planejados e executados em parceria com a coordenação local, de modo a integrar a participação das pesquisadoras e a coordenadora local, com a intenção de emponderá-la, para manutenção da nova estratégia do grupo ao findar da pesquisa. Foram realizadas, ainda, entrevistas grupais com a intenção de avaliar formalmente a intervenção, cuja condução contou com uma pesquisadora externa ao grupo.
Assim, constituíram materiais de pesquisa da investigação os registros da intervenção (para os quais utilizamos um roteiro abordando aspectos relacionados à atmosfera social do grupo, à expressão de ideias, sentimentos e eventuais intervenções), o conteúdo das entrevistas de avaliação realizadas pela pesquisadora e pela avaliadora externa com os integrantes, com os profissionais da equipe de saúde e coordenadora local do grupo.
Para os participantes do grupo de idosos, foi utilizada a questão norteadora central: "Você observou alguma mudança/diferença na sua vida após essa nova forma de conduzir o grupo?". Para facilitar o diálogo, os participantes foram divididos em três subgrupos, com aproximadamente seis pessoas em cada um.
A entrevista grupal com os profissionais de saúde foi realizada em um único momento, com a participação dos oito integrantes, e norteada pela seguinte questão central: Você observou alguma mudança de comportamento nos participantes do grupo após essa nova forma de conduzir o grupo?
Os registros da intervenção e os dados que emergiram das entrevistas grupais foram submetidos à análise temática de conteúdo(1919 Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora 70; 2011.), mais especificamente, pelo procedimento por milha. Nesse tipo de análise, as categorias não são fornecidas a priori, mas emergem da classificação analógica dos elementos a partir da análise dos dados. Para esta análise cumpriu-se as etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados e interpretação(1919 Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora 70; 2011.). A partir desse processo as categorias foram elaboradas e nomeadas apenas ao final da operação. Os registros de falas foram identificados de acordo com o tipo de atividade que originou o dado: grupo de intervenção (GI), entrevista de avaliação realizada pela pesquisadora (EP) e entrevista de avaliação realizada pelo avaliador externo (EE), seguidos por números arábicos, na ordem cronológica dos acontecimentos (por exemplo, GI).
Na condução da pesquisa foram assegurados os preceitos éticos. O projeto que deu origem a pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, sob o protocolo nº 1477.
Resultados
Participaram do estudo 21 idosos, oito agentes comunitárias de saúde (ACS) e a técnica de enfermagem responsável pela coordenação do grupo. A idade dos integrantes do Grupo da Terceira Idade variou de 60 a 83 anos, sendo que 18 (85,7%) eram do sexo feminino, 11 (52,4%) moravam com o marido ou companheiro, seis (28,6%) eram viúvos; nove (42,9%) tinham de um a três anos de estudo; cinco (23,8%) nunca haviam estudado, 10 (47,6%) recebiam um salário mínimo e 17 (81%) eram dona de casa.
Em relação aos membros da equipe de saúde, considerando a coordenadora do grupo e as oito ACS, a idade variou de 24 a 51 anos, quatro (44%) eram solteiras e quatro (44%) viviam em união estável. Quanto ao tempo de atividade profissional, a coordenadora tinha 22 anos e, entre as ACS, a que exercia a atividade há mais tempo o fazia há 11 anos. Quanto à escolaridade, seis (66,7%) possuíam o ensino médio.
A análise do conteúdo dos dados traduziu o processo de mudança pelo qual passou o grupo, sendo organizado em três categorias que refletem os movimentos básicos do grupo em direção à incorporação do novo modo de funcionamento do grupo. Os achados foram então organizados em quadros que explicitam as falas relacionadas a cada fase, a interpretação e a abordagem do pesquisador, a saber: Fase inicial - impacto da mudança (Quadro 1); Fase intermediária - incorporando a mudança (Quadro 2) e Fase final - mudanças observadas pelos membros do grupo e pelos profissionais de saúde (Quadros 3 e 4).
Análise da fase inicial do grupo da terceira idade e abordagem do pesquisador - Uberaba, MG, 2012
Análise da fase intermediária do grupo da terceira idade e abordagem da pesquisadora - Uberaba, MG, 2012
Análise da fase final do grupo da terceira idade e abordagem da pesquisadora - Uberaba, MG, 2012
Análise da fase final do grupo da terceira idade na perspectiva dos profissionais de saúde e a abordagem da pesquisadora - Uberaba, MG, 2012
Discussão
A proposta de mudança na dinâmica do funcionamento do grupo provocou um movimento comum aos grupos humanos quando se iniciam ou quando tem uma nova coordenação(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.,2020 Castilho A. Dinâmica do trabalho de grupo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark; 1998.). Analisando o processo do grupo na fase inicial (Quadro1), observou-se que a mudança no funcionamento do grupo nos encontros iniciais causou certo desconforto para alguns idosos que mostraram-se pouco à vontade, indicando certa resistência em participar das atividades propostas. Outros se mostravam apreensivos com o horário de término da atividade, olhando o relógio com frequência ou alegando ter compromissos. Alguns demonstravam insatisfação pela demora em começar o bingo.
Esses comportamentos expressaram que a resistência(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.) em aderir às atividades decorreu do ritmo diferente
adotado na condução do grupo e também da dificuldade de sair da zona de conforto,
tendo em vista que já havia uma rotina estabelecida. A indicação de mudança no modo
como o grupo funciona pode, a princípio, representar ameaça aos membros que,
acomodados a situações já conhecidas, temem o novo(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.,2121 Mota KAMB,. Munari DB Um olhar para a dinâmica do coordenador de
grupos.. Rev Eletr Enferm [Internet] 2006 [citado 2013 set. 21];8(1):150-61.
Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/atualizacao.htm
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1...
). Quando se
pretende uma proposta inovadora é fundamental que sejam mostradas, gradativamente
para o grupo, as vantagens de se investir na mudança(2121 Mota KAMB,. Munari DB Um olhar para a dinâmica do coordenador de
grupos.. Rev Eletr Enferm [Internet] 2006 [citado 2013 set. 21];8(1):150-61.
Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/atualizacao.htm
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1...
).
Em alguns momentos, os idosos apresentavam-se dispersos, em outros menos
participantes. Alguns permaneciam mais quietos, principalmente, quando se lançavam
questionamentos. Assim, mostravam-se receosos ou inibidos em manifestar
pensamentos/sentimentos. O receio em expressar suas opiniões pode ter ocorrido em
virtude das técnicas novas que foram inseridas e, não necessariamente, era indicativo
de desinteresse. Tais movimentos caracterizam a fase inicial dos grupos humanos em
que o receio pelo novo pode inibir ou provocar atitudes defensivas(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.,2121 Mota KAMB,. Munari DB Um olhar para a dinâmica do coordenador de
grupos.. Rev Eletr Enferm [Internet] 2006 [citado 2013 set. 21];8(1):150-61.
Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/atualizacao.htm
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1...
-2222 Munari DB, Padilha GC, Motta KAMB, Medeiros M. Contribuições para a
abordagem da dimensão psicológica dos grupos. Rev Enferm UERJ.
2007;15(1):107-12.).
Quando se registra qualquer mudança na sua maneira habitual de trabalhar, os
mecanismos de defesa passam a ser o processo seguro para se evitarem as mudanças ou
para se afastar a ansiedade. Tal comportamento se observa desde a resistência de se
trocar de sala ou móvel do ambiente, até a não aceitação de uma reflexão ou de uma
sugestão para o uso de uma técnica, feita pelo facilitador, como se observa no Quadro 1 - depoimentos GI 4a e GI 4b. Por outro
lado, é necessário aceitar as individualidades e tolerar as diferenças individuais,
respeitando o tempo interno de cada membro para o processamento de seu
aprendizado(2020 Castilho A. Dinâmica do trabalho de grupo. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark; 1998.-2121 Mota KAMB,. Munari DB Um olhar para a dinâmica do coordenador de
grupos.. Rev Eletr Enferm [Internet] 2006 [citado 2013 set. 21];8(1):150-61.
Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/atualizacao.htm
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1...
).
À medida que os encontros foram acontecendo, o grupo se mostrou mais receptivo e
envolvido, participando ativamente das atividades propostas (Quadro 2). As ideias eram bem acolhidas e todos participavam com
mais satisfação, sem preocupação com o horário. Diferentemente do início do grupo,
percebíamos que os integrantes se sentiam mais à vontade, expressando maior autonomia
e participação. Os movimentos presentes na fase intermediária (Quadro 2) expressam o momento em que o grupo pode se aproximar e
ser mais confiante em si mesmo e na coordenação(2020 Castilho A. Dinâmica do trabalho de grupo. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Qualitymark; 1998.-2121 Mota KAMB,. Munari DB Um olhar para a dinâmica do coordenador de
grupos.. Rev Eletr Enferm [Internet] 2006 [citado 2013 set. 21];8(1):150-61.
Disponível em:
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1/atualizacao.htm
http://www.fen.ufg.br/revista/revista8_1...
).
O grupo passou a ser também um espaço utilizado para expor angústias e dividir alegrias. Representava um ambiente de acolhimento, onde as tristezas eram verbalizadas e compartilhadas. Nessa fase, a perda de um dos membros por falecimento mobilizou o grupo para acolher a esposa que também fazia parte do grupo (Quadro 2 - depoimento GI 14). Em diversas oportunidades, alguns tiveram a iniciativa de levar mensagens para reflexão em grupo, o que expressa uma participação efetiva e interesse em colaborar com os outros membros, pois a escolha e leitura do texto revelaram uma forma de contribuir com o grupo. Por outro lado, reflete a aceitação, o apoio e a incorporação da novidade proposta pela pesquisadora. Neste sentido, é importante destacar que o apoio do grupo ou de seus membros é reflexo da necessidade de se ajudar o outro, ou seja, a busca da integração e da coesão grupal. Esse apoio resulta da necessidade de criar um sentimento de pertencer a(2020 Castilho A. Dinâmica do trabalho de grupo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark; 1998.). Estudo realizado entre adultos e idosos em um centro dia observou maiores níveis de afeto positivo em atividades que incluíam a criatividade ou o processo de grupo(2323 Rowe JM, Savundranayagam MY, Lang J, Montgomery RJV. Characteristics of creative expression activities: the links between creativity, failure-free, and group process with levels of staff-participant engagement and participant affect in an adult day center. Act Adapt Aging. 2011;35(4):315-30.).
Uma característica interessante desse grupo foi a forma de acolher os novos participantes, sejam eles jovens, crianças ou desconhecidos de outra localidade, aspecto apontado no depoimento EP 3, do Quadro 3. Desde o início, observou-se que os membros do grupo não colocavam resistências ao acolhimento de novos integrantes. Ao contrário, permitiram que o recém-chegado se sentisse rapidamente integrado. Esse comportamento difere do que teoricamente é definido como reação ao estrangeiro(2020 Castilho A. Dinâmica do trabalho de grupo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Qualitymark; 1998.), movimento comum de tensão nos grupos humanos quando um novo elemento é inserido num grupo já estabelecido(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.), podendo ser observados alguns comportamentos e atitudes de ansiedade, tensão e questionamentos por parte dos demais membros(1818 Lewin K. Dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix; 1948.), além de expectativa, timidez e angústia por parte do estrangeiro.
Outra peculiaridade do referido grupo era a união observada nas atividades realizadas no ambiente do grupo e fora dele. Os participantes estendiam várias atividades para além do espaço do grupo, havendo relato de um ajudando o outro, seja nos afazeres domésticos ou oferecendo apoio emocional (Quadro 3 - depoimento GI 10).
Nessa etapa da vida, devem ser desenvolvidas estratégias para minimizar o nível de solidão, tais como serviços de avaliação e tratamento psicológico e físico, bem como aumentar a oportunidade em participação de atividades grupais(2424 Wu ZQ, Sun L, Sun YH, Zhang XJ, Tao FB, Cui GH. Correlation between loneliness and social relationship among empty nest elderly in Anhui rural area, China. Aging Mental Health. 2010;14(1):108-12.).
A cada encontro tornava-se mais perceptível o prazer dos membros em participar do grupo (Quadro 2 - depoimentos EP 1, EP 2 e EP 3). Percebia-se que havia um comprometimento não só com a pesquisadora, mas também com os outros participantes. Como exemplo, destaca-se um dos integrantes, um senhor de 83 anos, que se mudou para um bairro localizado na zona urbana e, apesar da distância e das dificuldades relacionadas ao deslocamento para embarcar no ônibus e tempo de estrada, continuou participando das atividades do grupo. Mesmo tendo a oportunidade de vivenciar experiências ao participar de outros grupos mais próximos de sua casa sua opção foi permanecer conosco. Seu empenho em continuar participando expressa a importância do grupo em sua vida, descrito através do depoimento EE 1, do Quadro 2.
Ainda é possível notar a evolução do grupo no que se refere à expressão de ideias, opiniões, emoções e sentimentos, o que evidencia interação, confiança e segurança entre os membros do grupo. Em um encontro, uma convidada demonstrou a prática do alongamento e foi prontamente incluída pelo grupo e convidada a frequentar suas atividades. Dessa forma, o alongamento, assim como o bingo, foi incorporado como atividades rotineiras nas reuniões do grupo (Quadro 2 - depoimento EP 4).
O grupo também se revelou um espaço de construção de conhecimentos relacionados à
saúde, o que proporcionou mudanças de comportamento, dentre as quais cita-se a
aquisição de novos hábitos relacionados à saúde, modificação no relacionamento
interpessoal e social, melhora na autoestima e alívio de diversos sintomas, como se
observa nos depoimentos EP 4, EP 5 e EE 3 descritos no Quadro 3, resultados esses também encontrados em outros
estudos(2525 Bernardo MHJ, Menezes MFG, Assis M, Pacheco LC, Mecenas AS. A saúde no
diálogo com a vida cotidiana: a experiência do trabalho educativo com idosos no grupo
da roda da saúde. Rev APS. 2009;12(4):504-9.-2626 Camargo AM, Silva APBV, Wolff LDG, Soares VMN, Gonçalves CGO. Abordagens
grupais em saúde coletiva: a visão de usuários e de profissionais de enfermagem. Rev
Bras Ciênc Saúde [Internet]. 2012 [citado 2014 out. 16];10(31). Disponível em:
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/1475
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revist...
). Inquérito internacional sugere que programas
direcionados a idosos podem contribuir na melhoria da capacidade física e funcional,
atividade física e energia, favorecendo a qualidade de vida(2727 Oztürk A, Simsek TT, Yümin ET, Sertel M, Yümin M. The relationship
between physical, functional capacity and quality of life (QoL) among elderly people
with a chronic disease. Arch Gerontol Geriatr. 2011;53(3):278-83.).
Merece destaque ainda o fato dos integrantes do grupo atuarem como agentes
multiplicadores desse aprendizado, considerando que reproduziam o que aprendiam em
outros ambientes (Quadro 3 - depoimento EP 6).
Neste sentido, a atividade grupal possibilita o aprendizado por proporcionar uma
troca de informações e experiências(2626 Camargo AM, Silva APBV, Wolff LDG, Soares VMN, Gonçalves CGO. Abordagens
grupais em saúde coletiva: a visão de usuários e de profissionais de enfermagem. Rev
Bras Ciênc Saúde [Internet]. 2012 [citado 2014 out. 16];10(31). Disponível em:
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/1475
http://seer.uscs.edu.br/index.php/revist...
27 Oztürk A, Simsek TT, Yümin ET, Sertel M, Yümin M. The relationship
between physical, functional capacity and quality of life (QoL) among elderly people
with a chronic disease. Arch Gerontol Geriatr. 2011;53(3):278-83.-2828 Maffacciolli R, Lopes MJM. Os grupos na atenção básica de saúde de Porto
Alegre: usos e modos de intervenção terapêutica.. Ciênc Saúde Coletiva 2011;16
Supl.1: 973-82.).
A participação dos membros, a descontração e o interesse pelas atividades eram crescentes. A coordenadora local que fora integrada na nova forma de manejo do grupo se apresentava bastante atuante, participando ativamente tanto do planejamento quanto da execução das atividades. Manifestava interesse em aprender sobre técnicas de manejo de grupo e constantemente expressava alegria e satisfação pela colaboração com seu desenvolvimento e crescimento profissional e também com o progresso do grupo, conforme descrito no Quadro 4 - depoimentos EP 3, EP 4 e EP 5.
Após seis meses do início da intervenção, ou seja, da mudança da proposta de funcionamento do grupo, observaram-se algumas características antes não apresentadas. Seus membros demonstraram maior determinação no que se refere à tomada de decisões, bem como na emissão de opiniões, fato também observado pela coordenadora local (Quadro 4 - depoimento EP 2). Esse fato reflete a autonomia conquistada por meio da participação social, pois a atividade grupal proporcionou um espaço adequado para o desenvolvimento da cidadania. Nesse sentido, é prioritário o desenvolvimento de programas de promoção da autonomia pessoal entre idosos, visando ao bem-estar físico, mental, emocional e social(2929 Herrera Molina E, Muñoz Mayorga I, Martin Gálan V, Cid Gala M. Experiencias españolas en la promoción de la autonomía personal en las personas mayores. Gac Sanit. 2011;25 Suppl 2:147-57.).
Merece destaque a avaliação da intervenção realizada pelos membros do grupo e pelos profissionais de saúde, cujos depoimentos evidenciaram que o trabalho foi positivo, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do grupo, bem como para a formação dos profissionais envolvidos. Vale destacar também que os bons resultados alcançados motivaram uma iniciativa do grupo para formar outro, em uma comunidade próxima, igualmente voltado para pessoas idosas; os membros manifestaram ainda a intenção de criar uma associação de idosos (depoimentos EP 2 e GI 18, do Quadro 3, respectivamente). Nesse contexto, salienta-se que a acessibilidade é um forte fator que influencia participação de idosos em grupos sociais(3030 Tanaka M, Ushijima K, Sung W, Kawakita M, Tanaka S, Mukai Y, et al. Association between social group participation and perceived health among elderly inhabitants of a previously methylmercury-polluted area. Environ Health Prev Med. 2014;19(4):258-64.), aspecto relevante especialmente em áreas rurais nas quais a distância pode dificultar a participação em atividades. Assim, a iniciativa de criação de novos locais pode facilitar o acesso viabilizando o grupo.
Conclusão
A presente investigação descreveu as fases do processo de potencialização do grupo de uma comunidade rural, que promoveu mudanças positivas, tanto para os membros, quanto para os profissionais que foram capacitados durante a pesquisa para a condução do grupo, de modo a utilizar o seu potencial terapêutico.
A incorporação de hábitos saudáveis (tais como o alongamento, a prática de do-in e a alimentação saudável), a melhora no relacionamento interpessoal e no modo do seu manejo pelos profissionais de saúde, mostrou que a PCA, nesse sentido, foi uma estratégia que potencializou a ação dos membros do grupo e dos profissionais. As mudanças nos hábitos de saúde foram consolidadas pelos membros do grupo, que passaram a ser agentes multiplicadores desses conhecimentos na sua comunidade.
Apesar do impacto inicial da mudança na forma de condução do grupo, em que se percebeu um movimento de resistência, o grupo foi capaz de acolher a novidade, aproveitando o espaço para expressar angústias, compartilhar alegrias e construir novos conhecimentos.
Para os profissionais de saúde, a intervenção representou uma oportunidade de reflexão e crescimento profissional, bem como um momento para repensar a forma de condução do grupo. Uma vez empoderados de novos conhecimentos e habilidades, os profissionais adquiriram maior autonomia e capacidade de inovação.
Os resultados da pesquisa nos permitem afirmar que capacitar os profissionais responsáveis pelas atividades grupais dirigidas a comunidade rural é uma estratégia assertiva para potencializar os efeitos terapêuticos da convivência grupal de idosos nesse cenário.
Como limitação do estudo, aponta-se o pouco envolvimento dos profissionais da ESF nas atividades desenvolvidas no grupo. Considerando os achados da investigação, apontamos como lacuna do conhecimento a necessidade de investimento em estudos que avaliem o impacto das atividades grupais dirigidos a populações de idosos, em particular, em comunidades rurais.
Tais estudos podem dar pistas de como conduzir melhor tais atividades para fortalecimento da autonomia, estímulo ao autocuidado, bem como para o desenvolvimento das habilidades pessoais, aspectos fundamentais quando se busca a promoção da saúde na terceira idade.
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Extraído da tese "Potencializando um grupo de idosos em uma comunidade rural com vistas à promoção da saúde: pesquisa convergente assistencial", Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Goiás, 2013
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
Jan-Feb 2015
Histórico
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Recebido
24 Jul 2014 -
Aceito
07 Nov 2014