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Vulnerabilidades associadas à violência contra a mulher antes do ingresso no sistema prisional

RESUMO

Objetivo:

analisar as vulnerabilidades individuais e sociais de mulheres privadas de liberdade para violência sofrida antes da entrada no sistema prisional.

Método:

estudo transversal analítico, realizado com 272 internas de uma unidade prisional feminina, na Região Metropolitana de Fortaleza, Ceará. Foram aplicados dois instrumentos: formulário para análise de informações sociodemográficas e da violência sofrida previamente à entrada no presídio e o Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST), que analisou o histórico do uso de substâncias psicoativas.

Resultados:

44,5% das mulheres sofreram violência. A maior parte da amostra total apresentava idade entre 18 e 29 anos, com filhos, baixa escolaridade e renda, início precoce da vida sexual e histórico de uso de drogas ilícitas. A idade entre 18 e 29 anos mostrou ser fator protetor da violência (OR = 0,632). Uso de cocaína e crack (p = 0,002), anfetaminas e êxtase (p = 0,018) aumenta a chance de violência de 2,2 a 3,3 vezes.

Conclusão:

aspectos das dimensões individuais e sociais da vulnerabilidade estão associadas à ocorrência de violência em mulheres internas do sistema prisional feminino. Estratégias efetivas necessitam ser traçadas com base nas vulnerabilidades, para prevenir violência contra a mulher.

DESCRITORES
Vulnerabilidade em Saúde; Violência contra a Mulher; Prisões; Prisioneiros

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