RESUMO
Objetivo:
Caracterizar o manejo da dor em crianças hospitalizadas.
Método:
Estudo observacional do tipo transversal, com abordagem quantitativa, de caráter retrospectivo e descritivo, realizado em um Hospital secundário do Município de São Paulo, por meio de análise de 1.251 prontuários de crianças internadas na divisão pediátrica. Os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva.
Resultados:
Um total de 88,8% das crianças foi avaliado para dor com instrumentos padronizados e 86% tinham analgesia prescrita. Dentre as avaliações, 37,8% das crianças apresentaram dor; dessas, 26% apresentaram dor intensa, maior nas afecções ortopédicas; 18,3% não foram medicadas, mesmo com presença de dor e analgesia prescrita; 4,3% não tinham analgésicos prescritos; apenas 0,4% receberam medidas não farmacológicas e 40,3% tinham registro de reavaliação. Os profissionais propiciaram maior analgesia a crianças com afecções cirúrgicas e ortopédicas em comparação às afecções clínicas (p < 0,05).
Conclusão:
O manejo da dor em crianças hospitalizadas mostra-se ineficaz, desde as avaliações iniciais até as reavaliações após intervenções, com priorização de ações medicamentosas guiadas pelo julgamento profissional frente a queixa álgica.
DESCRITORES
Dor; Manejo da Dor; Saúde da Criança; Enfermagem Pediátrica