Coesão (Atração dos membros entre si e com o grupo). |
(…) eu gosto mesmo é de estar no meio de nossos colegas, nosso ambiente,
(..) É a segunda família nossa, porque aonde a gente vai é o fulano, ou fulano,
é aquela consideração um com o outro. Quando um de nós morre é um abalo, muito
triste para nós, aqui fica um vazio no coração e a lembrança para sempre, são
pessoas que nunca mais voltam. Então é uma coisa muito gostosa, muito
bom.
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É uma amizade assim que a gente cria. Eu acho que é como uma família
mesmo. É muito respeito, muita amizade, muito amor, é muita dedicação, faça sol
ou chuva. A gente pode estar passando mal do jeito que for, mas a gente chega lá
e você melhora.
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Instilação de esperança (Crença e confiança na eficácia do
grupo). |
(…) acabaram aqueles problemas de estresse, os problemas de nervoso da
gente, problemas de junta da gente que fica sem movimento, então, tudo isso foi
resolvido e eu fiquei muito feliz com o benefício dessa reunião, é muito bom
para nós, ajuda muito.
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O pessoal que participa do grupo tinha depressão, tinha muitas dores e
hoje eles têm uma vida totalmente diferente (...). Então o grupo é diferente, os
próprios membros vão te falar o quanto é bom participar do grupo.
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Socialização (Desenvolvimento de habilidades sociais básicas). |
Porque se fica dentro de casa, vai dando aquela infinitação na gente e a
gente vai só acabando. Quando a gente fica velho, fica quieto em casa, não
passeia, não vai em uma festa, aí vai juntando a tristeza, pensamento ruim,
coisa que não presta. E com elas (ACS) não, com elas você vem, você brinca, você
ri, você grita, você canta, você fala, elas põem mesmo a gente para frente. Esse
grupo é uma benção de Deus.
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Lá é um local de encontro, onde eles se encontram, trocam as fofocas,
conversam, falam da vida dos outros, brigam [risos], as brincadeiras.
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Compartilhamento de informações (Instrução didática ou aconselhamento
direto). |
(…) se um não sabe a gente vai ajudando um ao outro, uns vai passando para
nós, e assim vai (...) Quem sabe vai ensinando a gente, as agentes de saúde vão
ajudando a gente na atividade física, porque sem elas a gente não ia fazer nada,
porque a gente faz muita coisa, mas queremos aprender mais coisas
ainda.
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Nós percebemos que eles não gostam de palestra, (...) falamos sobre
tabagismo, sobre os direitos deles, cada uma fala sobre alguma coisa de maneira
rápida para não ficar algo cansativo. A gente fala da dengue, faz educação em
saúde, fala da alimentação.
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Fatores existenciais (Ajuda a lidar com fatos da condição
humana). |
Estar com essa equipe só tem o que é bom, ensinou a gente a conviver,
ensinou a gente a amar, me ensinou a ser mais paciente com a minha vida, com o
meu trabalho. Eu não estou mais sentindo a minha cruz tão pesada, que eu sentia
ela pesada.
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Percebe-se que o grupo ajuda os membros, no meu modo de ver, através do
depoimento deles, falando que mudou demais a vida deles.
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Altruísmo (Satisfação em ajudar o próximo). |
(…) a gente ajuda a animar, dá uma força, (...) igual ela mesma queria ir
ao passeio e não tinha como e eu ajudei (...) Paguei o passeio para ela, comprei
até um maiô (...) A gente fica feliz em poder ajudar uma pessoa a participar do
grupo.
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(…) o grupo não é só uma questão de salário, é uma satisfação
pessoal.
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Aprendizagem interpessoal (Aprender pela interação com outras
pessoas). |
(…) eu aprendi a ser feliz, aprendi a ter aquela dedicação, deixei de lado
aquela tristeza.
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Eu falo que se meu trabalho fosse o grupo ia ser muito bom, porque ali a
gente aprende com eles, a gente ensina e a gente aprende e eles têm uma lição de
vida que te deixa maravilhado.
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Universalidade (Outras pessoas compartilham os mesmos dilemas de
vida). |
É que eu achava que eu era a maior sofredora do mundo, ninguém sofria mais
do que eu, e lá eu aprendi que olhando para baixo tinha um outro mais fundo e
que eu podia dar a mão, ai eu me conformei.
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