Dalbosco-Salas et al.(1212. Dalbosco-Salas M, Torres-Castro R, Leyton AR, Zapata FM, Salazar EH, Bastías GE, et al. Effectiveness of a primary care telerehabilitation program for post-COVID-19 patients: a feasibility study. J Clin Med. 2021;10(19):4428. doi: http://doi.org/10.3390/jcm10194428. PubMed PMID: 34640447. https://doi.org/10.3390/jcm10194428...
) |
Analisar se o programa de telerreabilitação é eficaz no que diz respeito ao manejo da melhora da capacidade física, da qualidade de vida e de sintomas em pacientes pós-Covid adultos. |
Estudo observacional prospectivo |
A capacidade física, as limitações físicas, a dor corporal, as percepções gerais de saúde, a vitalidade, o funcionamento social, as limitações emocionais e a saúde mental apresentaram melhora após a intervenção, em maior parte dos pacientes. Concomitantemente, houve uma recuperação significativa da fadiga e da dispneia. Entre indivíduos que haviam sido admitidos na UTI e indivíduos que não haviam sido admitidos na UTI, todos os aspectos apresentaram melhora, com exceção de dor corporal, percepções gerais de saúde, limitações emocionais e saúde mental. |
Telerreabilitação (com a oferta de exercícios físicos acompanhados por profissionais). |
Daynes et al.(1313. Daynes E, Gerlis C, Chaplin E, Gardiner N, Singh SJ. Early experiences of rehabilitation for individuals post-COVID to improve fatigue, breathlessness exercise capacity and cognition – a cohort study. Chron Respir Dis. 2021;18:147997312110156. doi: http://doi.org/10.1177/14799731211015691. PubMed PMID: 33957805. https://doi.org/10.1177/1479973121101569...
) |
Avaliar se há melhoras nas variáveis fadiga, dificuldade respiratória, capacidade de exercício físico e cognição após intervenção física, entre indivíduos com Covid longa. |
Estudo observacional |
O estudo indicou diminuição na capacidade de exercício e na qualidade de vida relacionada à saúde em comparação com controles saudáveis, embora a ansiedade, a depressão e a cognição estejam preservadas. Os resultados indicam uma melhora da fadiga, com o aumento do teste de caminhada incremental e de resistência, Avaliação Funcional da Escala de Fadiga para Tratamento de Doenças Crônicas, domínios EuroQual 5 (EQ5D) e Avaliação Cognitiva de Montreal e com diminuição da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. |
Monitoramento clínico contínuo. No entanto, destaca-se a falta de um protocolo específico de reabilitação direcionado a pacientes com Covid longa. |
Jimeno-Almazán et al.(1414. Jimeno-Almazán A, Franco-López F, Buendía-Romero Á, Martínez-Cava A, Sánchez-Agar JA, Sánchez-Alcaraz Martínez BJ, et al. Rehabilitation for post-COVID -19 condition through a supervised exercise intervention: a randomized controlled trial. Scand J Med Sci Sports. 2022;32(12):1791–801. doi: http://doi.org/10.1111/sms.14240. PubMed PMID: 36111386. https://doi.org/10.1111/sms.14240...
) |
Comparar os resultados de pacientes com Covid longa submetidos à intervenção de exercícios terapêuticos supervisionados ou seguindo o folheto de reabilitação de autogestão da OMS (Organização Mundial da Saúde). |
Estudo clínico randomizado |
Foi realizada uma rotina de treinamentos simultâneos de 3 dias por semana. A partir dos sintomas prevalentes (comuns à condição, como dispneia e febre baixa), foram avaliadas as variáveis função pulmonar, composição do corpo (massa corporal gorda e magra), qualidade de vida e fadiga, ansiedade e depressão, saúde cardiovascular e força muscular. Após 8 semanas de exercício físico, evidenciou-se uma diminuição dos sinais e sintomas, principalmente no que diz respeito à dispneia. Ainda, houve uma melhora geral em todas as variáveis, no entanto, alguns resultados relatados pelos pacientes nas variáveis de fadiga e qualidade de vida não denotaram melhoras significativas entre o grupo controle, mesmo que tenha ocorrido uma melhora parcial na dispneia e funcionalidade pulmonar. |
Intervenções de exercícios de aptidão física, com foco na reabilitação física supervisionada e monitorada. |
Koliadenko et al.(1515. Koliadenko NV, Zhyvaho KS, Bursa AI. Provision of Medical-psychological and Psychiatric Care to Patients with Post-covid Syndrome in Telemedicine Conditions. Bangladesh J Med Sci. 2022;21(4):719–30. doi: http://doi.org/10.3329/bjms.v21i4.60256. https://doi.org/10.3329/bjms.v21i4.60256...
) |
Estudar as manifestações clínicas de sintomas psicopatológicos em pacientes sobreviventes da Covid-19 e desenvolver um modelo conceitual para fornecer-lhes atendimento médico em telemedicina. |
Estudo retrospectivo |
No que diz respeito à saúde mental, nenhum dos indivíduos estudados apresentava algum indicativo de distúrbios de saúde mental ou de comportamento, anteriormente à Covid-19. Cerca de 98 pacientes (76% de todos) apresentaram comprometimento da memória. Todos os indivíduos avaliados (com exceção de um) apresentam, na época do estudo, consideráveis níveis de ansiedade, estresse e depressão, decorrentes, principalmente, da situação negativa que a pandemia da Covid-19 trouxe. Ainda, houve a identificação de sintomas hipocondríacos, decorrentes dos baixos indicadores de bem-estar, atividade e humor. O tratamento, realizado a partir da abordagem cognitivo-comportamental e associado ao uso de antidepressivos e tranquilizantes não-benzodiazepínicos, enfatizou uma melhora dos níveis de estresse, ansiedade e depressão. |
Terapia Cognitivo Comportamental, sendo a assistência psicoterapêutica prestada por meio da telemedicina, tratamento medicamentoso e acompanhamento prolongado e contínuo, com monitoramento durante e após a intervenção terapêutica. |
Nopp et al.(1616. Nopp S, Moik F, Klok FA, Gattinger D, Petrovic M, Vonbank K, et al. Outpatient pulmonary rehabilitation in patients with long COVID improves exercise capacity, functional status, dyspnea, fatigue, and quality of life. Respiration. 2022;101(6):593–601. doi: http://doi.org/10.1159/000522118. PubMed PMID: 35203084. https://doi.org/10.1159/000522118...
) |
Avaliar a eficácia e segurança da reabilitação pulmonar em ambulatório para pacientes que continuam a apresentar limitações respiratórias e/ou funcionais persistentes ou em progressão após terem contraído a Covid-19. |
Estudo prospectivo |
A mudança na distância de caminhada de 6 minutos aumentou (desde o início até o final da reabilitação). Após as 6 semanas do programa de reabilitação, a escala de estado funcional pós-COVID-19 diminuiu. Da mesma forma, a dispneia medida com a escala mMRC diminuiu. Ademais, os pacientes melhoraram na carga de trabalho máxima e na capacidade de resistência e a qualidade de vida aumentou. As alterações na função pulmonar e na força muscular respiratória foram exploradas após a análise inicial dos dados: no início do estudo, os pacientes apresentavam uma função pulmonar comprometida em relação à idade, sexo e valor esperado específico para a altura, com uma melhora significativa, ao final do estudo. Além disso, a pressão inspiratória máxima da boca aumentou em 28%. |
Teste de caminhada de 6 minutos, conforme as diretrizes da European Respiratory Society. |
O’Hare et al.(1717. O’Hare AM, Vig EK, Iwashyna TJ, Fox A, Taylor JS, Viglianti EM, et al. Complexity and challenges of the clinical diagnosis and management of long COVID. JAMA Netw Open. 2022;5(11):e2240332. doi: http://doi.org/10.1001/jamanetworkopen.2022.40332. PubMed PMID: 36326761. https://doi.org/10.1001/jamanetworkopen....
) |
Compreender como os médicos do Departamento de Assuntos de Veteranos (VA) lidaram com o diagnóstico de Covid longa e ofereceram os cuidados aos pacientes com suspeita ou confirmação de Covid longa, presentes nos registros eletrônicos de saúde (EHRs). |
Estudo de coorte |
Durante o manejo da Covid longa, observou-se a incerteza clínica e a fragmentação do cuidado. A incerteza clínica diz respeito à hesitação médica em diagnosticar sinais e sintomas específicos da Covid longa. Isto se dá, principalmente, por causa da multiplicidade etiológica da condição pós-Covid, da dinâmica dos tratamentos recebidos pelos pacientes, de eventos adversos à saúde que não estão relacionados à Covid-19, da deficiência da confiança médica ao estado clínico do paciente e da dificuldade do monitoramento dos pacientes afetados pela Covid longa. Quanto à fragmentação do cuidado, a assistência oferecida ao paciente é isolada e mal coordenada. Isto se dá por conta da abordagem que dá pouca importância à integralidade e às preocupações dos pacientes, da dificuldade de atuação multidisciplinar e das recomendações clínicas, que podem ser vistas como indesejáveis ou onerosas para os pacientes. |
O estudo não cita as estratégias comumente utilizadas, mas destaca as práticas que favorecem a fragmentação do cuidado e as dificuldades de diagnosticar a Covid longa. |
Reis et al.(1818. Reis N, Dias MJC, Sousa L, Agostinho I, Ricco MT, Henriques MA, et al. Telerehabilitation in the Transitional Care of Patients with Sequelae Associated with COVID-19: perception of Portuguese Nurses. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(24):17096. doi: http://doi.org/10.3390/ijerph192417096. PubMed PMID: 36554975. https://doi.org/10.3390/ijerph192417096...
) |
Identificar os aspectos/componentes a considerar no planejamento e na implementação de intervenções de telerreabilitação que garantam cuidados transitórios a pessoas com Covid longa, após internação e identificar os aspectos positivos da telerreabilitação. |
Estudo descritivo |
No estudo, as enfermeiras participantes trouxeram aspectos do manejo da Covid longa que consideram pertinentes. Em relação à coordenação entre os níveis de atenção, as participantes do estudo enfatizaram a importância de manter a continuidade da assistência, mas com cuidados transicionais, mantendo uma escuta empática, a fim de identificar as necessidades de saúde da comunidade e auxiliar os indivíduos a participarem de seu processo saúde-doença. A telerreabilitação favorece este cuidado transitório, pois, ainda, é possível assegurar todas as intervenções numa modalidade de e-saúde, no entanto, momentos presenciais são pertinentes para avaliar programas de reabilitação respiratória e motora, que devem ser realizadas com exercícios que aumentem a capacidade ventilatória, a expansão torácica, o desempenho do diafragma, o controle dos sintomas associados (tosse, dispneia e expectoração) e a tolerância ao esforço. Já a reabilitação motora deve incentivar força muscular, flexibilidade, amplitude de movimento articular, melhora da capacidade e qualidade da marcha. Ainda, a telerreabilitação mostrou-se importante no que diz respeito ao deslocamento de indivíduos, uma vez que é possível realizar o manejo das condições de saúde da própria casa, com auxílio da equipe de saúde. |
Coordenação da integração entre a assistência especializada e a da Atenção Básica. Abordando a multidisciplinaridade e telerreabilitação. |
Romanet et al.(1919. Romanet C, Wormser J, Fels A, Lucas P, Prudat C, Sacco E, et al. Effectiveness of exercise training on the dyspnoea of individuals with long COVID: a randomised controlled multicentre trial. Ann Phys Rehabil Med. 2023;66(5):101765. doi: http://doi.org/10.1016/j.rehab.2023.101765. PubMed PMID: 37271020. https://doi.org/10.1016/j.rehab.2023.101...
) |
Avaliar a eficácia do treinamento físico na dispneia e na qualidade de vida relacionada à saúde em indivíduos com Covid longa. |
Estudo controlado randomizado |
A pontuação média do Perfil Multidimensional de Dispneia (MDP) após reabilitação do treinamento físico foi 42% menor do que após fisioterapia padrão. Ainda, reduções significativas foram observadas nas subcategorias do MDP: desconforto respiratório, dimensão sensorial e resposta emocional. Dessa forma, os resultados sugerem que a reabilitação do treinamento físico teve efeitos positivos na dispneia e na qualidade de vida, em comparação com a fisioterapia padrão em pacientes previamente hospitalizados com a síndrome do desconforto respiratório agudo devido à COVID-19. |
Treinamento físico específico (caminhada e treinamentos de resistência e força muscular) e fisioterapia padrão. |
Schrimpf et al.(2020. Schrimpf A, Braesigk A, Lippmann S, Bleckwenn M. Management and treatment of long COVID symptoms in general practices: an online-based survey. Front Public Health. 2022;10:937100. doi: http://doi.org/10.3389/fpubh.2022.937100. PubMed PMID: 36176520. https://doi.org/10.3389/fpubh.2022.93710...
) |
Avaliar o número atual de pacientes com Covid longa (pacientes com sintomas entre 4 e 12 semanas e mais de 12 semanas) tratados por clínicos gerais, bem como os sintomas observados com mais frequência em pacientes com Covid-19 aguda e Covid longa por estes médicos. |
Estudo descritivo |
A respeito do manejo da Covid longa, 97,2% dos profissionais de saúde abordados já trataram algum caso de sintomas persistentes entre 4 a 12 semanas da Covid-19. A capacidade de diagnosticar estes pacientes foi determinada como 62,8%, enquanto as opções terapêuticas são classificadas em torno de 47,4%. Cerca de 79,6% dos profissionais alega ter tido contato com pacientes que apresentam sintomas há mais de 12 semanas, com capacidade de diagnóstico de 40,7% e opções terapêuticas em 54,9%. Os profissionais referiram que cerca de 18,3% de todos os pacientes com Covid-19 precisa de atestado, por conta de ser incapaz de trabalhar, e, aproximadamente, 3,7% dos pacientes têm acesso a centros de reabilitação. Entre os tratamentos abordados, há opções medicamentosas, não medicamentosas (como a fisioterapia) e/ou encaminhamentos para serviços especializados. |
Terapias medicamentosas e não medicamentosas, reabilitação física e encaminhamentos aos serviços especializados. |
Nurek et al.(2121. Nurek M, Rayner C, Freyer A, Taylor S, Järte L, MacDermott N, et al. Recommendations for the recognition, diagnosis, and management of long COVID: a delphi study. Br J Gen Pract. 2021;71(712):e815–25. doi: http://doi.org/10.3399/BJGP.2021.0265. PubMed PMID: 34607799. https://doi.org/10.3399/BJGP.2021.0265...
) |
Fornecer um guia especializado rápido para médicos e serviços clínicos de Covid longa, a partir do desenvolvimento de uma lista de recomendações. |
Estudo descritivo |
Entre os resultados, ressalta-se a importância do conhecimento clínico sobre a etiologia, da realização do diagnóstico a partir de critérios pré-estabelecidos, de investigações individualizadas, considerando que cada indivíduo tem as suas necessidades de saúde, de encaminhamentos adequados a centros de especialidades, de avaliações completas, com exames específicos para cada caso e de atividades de reabilitação para o manejo dos sinais e sintomas, que incluem educar o paciente sobre a sua condição de saúde, incentivando-o a participar do próprio processo saúde-doença e fazer uso de opções terapêuticas (alternativas ou não), como fisioterapia, fármacos, etc. |
Abordagem multiprofissional e interprofissional, encaminhamentos a serviços especializados, considerando os aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais da recuperação. |
Ladds et al.(2222. Ladds E, Rushforth A, Wieringa S, Taylor S, Rayner C, Husain L, et al. Developing services for long COVID: lessons from a study of wounded healers. Clin Med (Lond). 2021;21(1):59–65. doi: http://doi.org/10.7861/clinmed.2020-0962. PubMed PMID: 33479069. https://doi.org/10.7861/clinmed.2020-096...
) |
Desenvolver um modelo de manejo da Covid longa, a partir de experiências de profissionais da saúde. |
Estudo qualitativo em que os participantes foram convidados a escolher entre uma entrevista narrativa individual ou a participação em um grupo focal online |
Foi desenvolvido, neste estudo, um modelo de sugestão para a melhoria do caráter assistencial à Covid longa, que aborda critérios de encaminhamento, encaminhamento do médico da família ou equipe de internação, triagem por telefone, com investigações que considerem os fatores sistêmicos, garantindo a integralidade, e ofereçam assistência de distintas especialidades médicas e o desenvolvimento de monitorização, acompanhamento e estímulos cognitivos. |
Multidisciplinaridade, com práticas de educação continuada e integração entre serviços e continuidade do cuidado, com acompanhamento terapêutico e clínico. |
Jimeno-Almazán et al.(2323. Jimeno-Almazán A, Buendía-Romero Á, Martínez-Cava A, Franco-López F, Sánchez-Alcaraz BJ, Courel-Ibáñez J, et al. Effects of a concurrent training, respiratory muscle exercise, and self-management recommendations on recovery from post-COVID-19 conditions: the RECOVE trial. J Appl Physiol. 2023;134(1):95–104. doi: http://doi.org/10.1152/japplphysiol.00489.2022. PubMed PMID: 36476156. https://doi.org/10.1152/japplphysiol.004...
) |
Determinar a eficácia do exercício físico, do treinamento muscular respiratório e do folheto de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a recuperação da aptidão física, qualidade de vida e estado dos sintomas em pessoas com a Síndrome pós-Covid-19. |
Estudo de coorte, com ensaio clínico randomizado |
Após 8 semanas de intervenção, que consistia em um programa de treinamento concorrente supervisionado (com treinamento muscular inspiratório ou sem ele), houve melhora significativa entre todos os participantes da pesquisa. Ocorreu uma diminuição de indivíduos que relataram ter sintomas moderados e graves, principalmente entre indivíduos que realizaram exercício físico (em comparação com os que realizaram apenas treinamento respiratório e os de controle). Houve uma baixa diminuição no grupo de controle (exceto no fator dispneia, que aumentou), mas ocorreu uma melhora considerável dos sintomas no grupo que participou da realização de exercícios físicos e uma melhora mediana nos grupos que realizaram treinamento muscular respiratório (associado ou não a exercício físico). |
Prática de exercício físico. |
Humphreys et al.(2424. Humphreys H, Kilby L, Kudiersky N, Copeland R. Long COVID and the role of physical activity: a qualitative study. BMJ Open. 2021;11(3):e047632. doi: http://doi.org/10.1136/bmjopen-2020–047632. PubMed PMID: 33692189. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2020–047...
) |
Explorar a experiência vivida da Covid longa, com enfoque no papel da atividade física. |
Estudo qualitativo por meio de entrevistas semiestruturadas |
Para alguns participantes, a incapacitação física prolongada impactou-os emocionalmente, causando baixa autoestima, frustração e culpa por não conseguirem cumprir as atividades cotidianas. Os participantes apresentavam expectativas variadas em relação a como o sistema de saúde poderia assistenciá-los com atividades físicas, sendo que muitos sentiram-se desassistidos pelo profissional médico e procuraram informações on-line. Além disso, como atividades física ou cognitiva resultaram no aparecimento de fadiga, os participantes relataram que houve uma perda de liberdade para se envolver em atividades cotidianas. Assim, ao realizar exercícios físicos, esses indivíduos referiram recaídas, que detinham uma pequena melhora percebida na função basal, porque era considerado um preço que valia a pena pagar pelo senso de normalidade, controle e efeito positivo da atividade fornecida, por medo de efeitos adversos ou por recomendação médica. A maior parte dos participantes estabeleceu estratégias pessoais para o manejo da atividade física e muitos expressaram o desejo de um melhor monitoramento e suporte para gerenciar as atividades físicas. A maioria não conseguiu retomar atividades que antes eram centrais para sua identidade principal, então qualquer atividade que proporciona um senso de normalidade ajuda a refutar a ideia de que essa identidade alterada é permanente. |
Adoção da atividade física com atendimento individualizado e monitoramento contínuo bem como suporte emocional para auxiliar nos impactos das funções diárias. |