RESUMO
Objetivo:
Analisar que fatores podem estar associados à qualidade da transição do cuidado do hospital para o domicílio de crianças com doenças crônicas.
Método:
Estudo transversal, quantitativo, realizado em dois hospitais do Sul do Brasil, de fevereiro a setembro de 2019. Participaram 167 familiares de crianças com doença crônica. A coleta de dados ocorreu por meio de um instrumento sócio-demográfico e da da versão brasileira do Care Transitions Measure (CTM-15).
Resultados:
A pontuação média para a qualidade da transição de cuidados foi de 90,1 (dp = 19,5) (0–100). O Fator 1, “Preparação para o autogerenciamento”, foi o fator com maior média autopercebida, 92,3 (dp = 11,6), enquanto o Fator 4, “Plano de cuidado”, teve a menor média, 86,3 (dp = 21,3). A qualidade da transição de cuidado foi maior para os pacientes residentes em municípios que não pertenciam à mesma região de saúde dos hospitais.
Conclusão:
A qualidade da transição do cuidado de criança com doenças crônicas, percebida pelos familiares, no processo de alta hospitalar para o domicílio, foi considerada alta. Morar em outra região de saúde que não aquela do hospital associou-se a uma melhor percepção da qualidade da transição do cuidado.
DESCRITORES
Criança; Doença Crônica; Continuidade da Assistência ao Paciente; Cuidados de Enfermagem; Alta do Paciente; Cuidado Transicional