Objetivo
Analisar as práticas de atenção básica voltadas ao consumo prejudicial de drogas.
Método
Estudo qualitativo, desenvolvido na perspectiva dialético-crítica. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas com 10 trabalhadores de uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Resultados
As demandas não são acolhidas e, quando ultrapassam as barreiras - conformadas pela ausência histórica de práticas de atenção à saúde ao usuário de drogas e por ideologias moralistas e preconceituosas -, não são reinterpretadas como necessidades de saúde; as práticas que atendem essas demandas são precárias; a perspectiva funcionalista, que compreende o consumo de drogas como doença e considera usuários de drogas como desviantes, embasa as escassas práticas existentes.
Conclusão
A atenção básica encontra-se equivocamente voltada para a dependência; carece de elementos estruturais do processo de produção em saúde e da dinamicidade interna aos processos de trabalho, que favoreceriam o desenvolvimento de práticas coletivas.
Usuários de drogas; Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Pessoal de saúde