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Prevalência de hipertensão arterial em indígenas do Brasil: uma revisão sistemática com meta-análise

Resumo

OBJETIVO

Avaliar as evidências sobre a prevalência de hipertensão arterial em indígenas brasileiros por meio de uma revisão sistemática e realização de meta-análise.

MÉTODO

Realizou-se busca por dois revisores, sem restrição de data e idioma nas bases de dados PubMed, LILACS, SciELO, Biblioteca Virtual em Saúde e Portal de Periódicos da Capes. Também foi feito um modelo de meta-regressão em que o último ano de coleta de cada estudo foi utilizado como variável moderadora.

RESULTADOS

Foram incluídos 23 artigos na revisão. Houve ausência de hipertensão nos indígenas em 10 estudos e as prevalências foram crescentes e variadas, atingindo níveis de até 29,7%. A prevalência combinada de hipertensão nos indígenas no período de 1970 a 2014 foi de 6,2% (IC95%, 3,1% - 10,3%). Na regressão, o valor da razão de chances foi de 1,12 (IC95%, 1,07 - 1,18; p < 0,0001), indicando aumento de 12% a cada ano, na chance de um indígena apresentar hipertensão arterial.

CONCLUSÃO

Houve aumento crescente na prevalência, apesar da ausência de hipertensão, em cerca da metade dos estudos, provavelmente decorrente de mudanças de hábitos culturais, econômicos e de estilo de vida, resultantes da interação do índio com a sociedade não indígena.

Descritores
Hipertensão; População Indígena; Prevalência; Revisão

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