Crianças desenvolvem atitudes em relação à velhice desde o nascimento, influenciadas por fatores cotidianos. Objetivou-se avaliar e comparar a atitude em relação à velhice de crianças morando com idosos com e sem alterações cognitivas. Realizaram-se entrevistas domiciliares com 54 crianças de cinco USF, 25 morando com idosos com alterações cognitivas (grupo 1) e 29 com idosos sem alterações cognitivas (grupo 2). Os cuidados éticos foram observados. Aplicou-se a Escala de Atitudes em Relação à Velhice para Crianças, na qual a pontuação média foi de 1,66 pontos (grupo 1) e 1,52 (grupo 2). Um ponto representava a pontuação mais positiva e três pontos a mais negativa possível. Comparando os grupos, os domínios cognição e relacionamento social apresentaram índices significativos, indicando que crianças convivendo com idosos com alteração cognitiva têm atitudes mais negativas nestes domínios. Profissionais de saúde na atenção básica devem atentar-se às famílias multigeracionais e investir na educação das mesmas.
Idoso; Criança; Relação entre gerações; Atitude; Enfermagem familiar