RESUMO
Objetivo: Estimar a prevalência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em imigrantes e refugiados residentes na região metropolitana de Goiânia, Goiás.
Método: Trata-se de um estudo transversal e analítico. A coleta de dados foi realizada no período de julho de 2019 a janeiro de 2020 e integraram a amostra 308 imigrantes e refugiados. Todos foram entrevistados face-a-face e testados para HIV, Sífilis e Hepatite B, por meio de testes rápidos.
Resultados: A prevalência geral para alguma das IST investigadas foi de 8,8% (IC95% 6,0% – 12,3%), sendo 5,8% (IC95% 3,6% – 8,9%) para Hepatite B, 2,3% para Sífilis (IC95% 1,00% – 4,4%) e 0,7% para HIV (IC95% 0,1% – 2,1%). A análise múltipla, por regressão logística, mostrou que as variáveis sexo masculino (OR = 2,7) e tempo de moradia no Brasil (OR = 2,6) foram associadas significativamente às IST (p < 0,05).
Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que as IST são um problema de saúde em imigrantes/refugiados, que parecem ser exacerbadas com o tempo de migração no país. Políticas públicas que garantam a assistência à saúde dessa população devem ser consideradas.
DESCRITORES Infecções Sexualmente Transmissíveis; Emigração e Imigração; Refugiados