RESUMO
Objetivo:
Analisar as relações de poder e opressão vivenciadas por enfermeiras na sala de parto de um hospital no México sob a perspectiva do feminismo decolonial.
Método:
Estudo qualitativo no qual foram entrevistadas 15 enfermeiras selecionadas por amostragem teórica. As entrevistas transcritas na íntegra foram posteriormente submetidas à análise de conteúdo.
Resultados:
A categoria central emergente foi “Relações inter e intragênero de poder/opressão” e as formas psicológica e simbólica de violência foram as mais frequentes. O gênero foi o mais importante determinante estrutural da opressão, atravessando corpos e identidades profissionais. As condições que contribuem para o conflito intragênero são idade, perícia habilidade e especialização. Três recursos de enfrentamento foram documentados: vulnerabilidade, cumplicidade e resistência.
Conclusão:
É necessário desnaturalizar as formas de poder/opressão sustentadas pelas desigualdades de gênero e discutir outras condições que determinam as relações de poder/opressão entre mulheres e colegas. Erradicar a violência intragênero e intergênero é necessário para acessar ambientes de trabalho seguros que promovam a criatividade para o exercício do cuidado.
DESCRIPTORES
Violência, Violência de Gênero; Violência no trabalho; Enfermagem; Salas de parto; Pesquisa qualitativa; Feminismo