RESUMO
Objetivo:
Detectar agravos aos tecidos moles orais em pessoas idosas.
Método:
Estudo quantitativo, analítico, transversal, realizado. As entrevistas individuais abordaram idade, sexo, estado civil, renda e educação. O Indicador Comunitário de Saúde Bucal foi utilizado para detectar agravos aos tecidos moles orais e sua localização.
Resultados:
A maioria dos 821 participantes tinha entre 60 e 100 anos, era mulheres (580; 70,6%), com até 5 anos de escolaridade (401; 48,8%), analfabeta (201; 24,5%), aposentada (608; 74,1%), recebia até dois salários (701; 85,4%) e 604 (73,6%) usava prótese dentária. Os agravos incluíram manchas vermelhas (152; 55,9%), bolhas (58; 21,3%), lesões e/ou feridas (39; 14,3%) e manchas brancas (30; 11%). As localizações foram palato (167; 61,4%), gengivas (62; 22,8%), bochechas (39; 14,3%), língua (15; 5,5%); lábios (15; 5,5%) e assoalho da boca (12; 4,4%). As localizações estiveram associadas à idade (p <0,001), aposentadoria (p = 0,005), escolaridade (p = 0,010), próteses (p <0,001) e manchas vermelhas (p <0,001).
Conclusão:
Rastrear agravos aos tecidos moles e encaminhar idosos com suspeita de lesões malignas à equipe de saúde devem ser medidas de identificação e prevenção do câncer bucal. Além disso, os profissionais de saúde devem conscientizar os idosos da importância de exames preventivos regulares.
DESCRITORES:
Epidemiologia; Saúde bucal; Idoso; Neoplasias bucais