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Normalizar a existencia lésbica

Resumo:

O presente artigo analisa as ressonâncias entre o ativismo de Free Gender - organização de mulheres negras lésbicas (Khayelitsha, Cidade do Cabo) e o art-ivismo LGTBI de Zanele Muholi (África do Sul). Discute-se quais são os recursos utilizados para a produção artesanal da existência lésbica, a sua normalização e individuação: de um lado, as participações e intervenções públicas de Free Gender nos espaços comunitários; e do outro, a produção de retratos e de cenas da intimidade - as séries fotográficas de Zanele Muholi Faces and Phases e Beloved. Por último, sublinha-se a dimensão subversiva de fundar o arquivo LGTBI e contestar o arquivo colonial com as suas múltiplas representações estereotipadas das sexualidades das mulheres negras.

Palavras-chave:
Ativismo LGTBI; Mulheres negras; Sexualidade; Arquivo.

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