Resumo:
O artigo surge da investigação artística “Retratos de um parto esquecido” realizada com 48 mães chilenas que contavam suas experiências de parto e as ressignificavam de forma relacional e mediada. Este espaço de mediação artística configurou um espaço livre e de reconhecimento, onde puderam problematizar suas vivências. Destaca-se a categoria empoderamento, onde se observa o impulso de questionar o que foi vivenciado a partir de suas próprias necessidades, desnaturando a violência e rompendo as barreiras que os impedem de tomar decisões sobre o próprio nascimento. Ao problematizar a experiência da criação artística como mediação, as subjetividades se transformam e o nascimento se sobrepõe em uma esfera política para seu agenciamento. A reconfiguração das subjetividades femininas suscita a discussão pública do parto como um espaço carente de responsabilidade social das artes.
Palavras chaves:
mediação artística; subjetividades; fortalecimento; agência; nascimento