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"Do high-tech à azteca": descolonização cronoqueer na ciberarte chicana

"From high-tech to Aztec": Chronoqueer Decolonization in Feminist Chicana Art

Este artigo contextualiza a arte chicana na concepção descolonial da região de Aztlán, confirmando claramente que "a América Latina não está inteiramente no território que leva este nome".1 1 Néstor García CANCLINI, 2008. Essa apropriação 'territorial' é também um deslocamento descolonial da temporalidade, pois expõe o regime crononormativo que relega epistemas não eurocêntricos ao passado. Especificamente, o artigo demonstra que a ciberarte chicana descoloniza a temporalidade ao recusar a versão pós-social ou transcendentalista da narrativa cyborg. Enfocando intervenções artísticas que desalinham ou 'queerizam' a prescrição crononormativa do passado como resíduo obsoleto de um futuro tecnológico triunfalista numa progressão linear, o artigo afirma uma concepção mais ampla, afrofuturista, da tecnologia (que reconhece o resíduo como seu suplemento constitutivo) enquanto ameaça efetiva à biopolítica crônica da crononormatividade.

arte descolonial; queer; crononormatividade; ciborgue; ciberarte chicana


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