Resumo:
O artigo busca refletir sobre a organização das mulheres na Amazônia em defesa de seus corpos-territórios. A análise parte do pressuposto de que a exploração da Amazônia segue o mesmo projeto colonizador dos corpos-territórios e que as lutas contra a expropriação da natureza que impacta nas mudanças climáticas são vivenciadas de forma particular pelas mulheres que emergem como a principal força da resistência na atualidade. A partir de pesquisa teórica com análise bibliográfica e de narrativas, refletimos sobre o conceito de corpo-território, dando enfoque na mobilização das mulheres indígenas e quilombolas durante a COP 27. O estudo apontou que esse debate, numa perspectiva feminista, em que se considere o protagonismo dessas lideranças, pode mudar a compreensão das questões ambientais e gerar conscientização sobre a defesa dos corpos-territórios.
Palavras-chave:
Mulheres; Amazônia; corpo-território; movimentos; lutas