Resumo:
O Brasil tem enfrentado um processo de intensificação do neoconservadorismo no período recente com ataques a discussões e políticas que visam o combate às desigualdades de gênero, assim como uma ampliação da mobilização religiosa no espaço político. Em 2022, a disputa eleitoral se polarizou entre o atual presidente, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois aspectos chamam a atenção: a rejeição das mulheres a Bolsonaro e a disputa dos eleitores evangélicos. A partir da análise dos programas eleitorais veiculados nas emissoras de canal aberto de televisão, esse artigo pretende observar como as propagandas eleitorais de Bolsonaro e Lula no segundo turno mobilizam argumentos em torno de questões de gênero, família e religiosidades, à luz das perspectivas críticas feministas.
Palavras-chave:
gênero; neoconservadorismo; eleições 2022; religião