Resumo:
No presente artigo, nos propomos a uma análise interseccional do Diário de um exílio sem regresso (publicado em 2003) escrito entre 1956 e 1967 pela ativista e combatente angolana Deolinda Rodrigues. Procuramos apresentar como a vida e a obra de Deolinda Rodrigues podem contribuir para os estudos interseccionais de gênero, evidenciando que as ideias da autora no período das lutas anticoloniais eram confluentes com as do feminismo negro; para isso, partimos das análises bibliográficas e documental da obra citada. Os principais resultados encontrados nessa investigação apontam que as contribuições de Deolinda Rodrigues nos permitem repensar as genealogias do feminismo negro. Pontuamos a importância de contar com mais pesquisas sobre autoras negras que ajudaram a construir a história de países africanos através da literatura, do ativismo e da experiência.
Palavras-chave:
Deolinda Rodrigues; feminismo negro; literatura angolana