Resumo:
O artigo discute a produção de sentidos em torno à integralidade na assistência em saúde transespecífica, a partir das experiências de usuários/as/es, médicos/as e funcionários/as da Secretaria Municipal de Saúde, vinculados ao serviço para pessoas trans* existentes em uma cidade-capital do sul do Brasil. Os resultados mostram uma compreensão da integralidade que, além da abrangência e complexidade da atenção e das formas de cuidar, se explicita na dimensão relacional ou dos vínculos entre médicos/as e usuários/as/es, desafiando a instituir a assistência em saúde como espaço de negociação, com a coparticipação e simetria como seus principais atributos. A perspectiva analítica proposta pretende auxiliar para a construção de pressupostos contra hegemônicos a partir dos quais (re)significar as formas de cuidar promovendo o exercício da transcidadania.
Palavras-chave:
integralidade; assistência transespecífica em saúde; produção de sentidos; transcidadania