Resumo:
Os afetos que atravessam os corpos tanto são moldados pelas estruturas e práticas políticas e sociais quanto são capazes de moldá-las (Sara AHMED, 2015). Emoções como a dor e a indignação, sentidas por sujeitas do feminismo diante da opressão e da desigualdade, podem tanto transformar quanto serem transformadas em espaços coletivos de luta, fazendo surgir a esperança, o pertencimento e a força no contato entre corpos e subjetividades. Por meio da análise de entrevistas feitas com organizadoras das Marchas das Vadias de cinco capitais brasileiras, neste artigo visamos à análise do papel das emoções e dos afetos no engajamento das ativistas com o feminismo das MdV, consideradas mobilizações que recolocaram as reivindicações feministas nas ruas, a partir da segunda década do século XXI.
Palavras-chave:
feminismo; afetos; política; manifestações; Marcha das Vadias