Resumo:
Este artigo compara as trajetórias de migrantes brasileiras e colombianas na Península Ibérica. Nosso objetivo é mostrar as formas em que as estruturas de gênero, raça e classe organizam os processos migratórios dessas mulheres, a fim de ancorar a interseccionalidade e torná-la legível em seus corpos. Apontamos ao contexto sociopolítico pós-colonial como um quadro gerador e interpretativo das condições que fizeram as mulheres colombianas e brasileiras aparecerem como principais atrizes da migração na Espanha e em Portugal, respectivamente. Por meio da utilização da técnica de análise de correspondências múltiplas, explicamos a forma em que diferentes situações/categorias permeiam as experiências de vida das migrantes em seus movimentos no espaço social transnacional.
Palavras-chave:
migrações femininas; interseccionalidade; colonialidade; América Latina/Europa; análise de correspondências múltiplas