Resumo:
A partir de uma análise comparativa entre as experiências do Brasil e do Chile, este artigo analisa em que medida administrações de centro-esquerda constituíram uma oportunidade política para avançar na garantia de direitos para as mulheres por meio dos espaços institucionais. Para tanto, enfoca-se nas relações estabelecidas entre feminismos e Estado durante o chamado ‘ciclo progressista’ latino-americano, principalmente através das agências nacionais de políticas para as mulheres. Em ambos os contextos, governos de centro-esquerda contribuíram para o desenvolvimento de políticas para as mulheres na esfera nacional, porém de diferentes formas - no Brasil com um modelo participativo e a evidente aproximação entre feminismos e Estado e no Chile com um modelo tecnocrático, como parte de um processo de gender mainstreaming ou modernização do Estado, produzindo resultados igualmente distintos.
Palavras-chave:
feminismos; Estado; políticas para mulheres; Brasil; Chile