Resumo
Este artigo explora a construção da identidade sexual que não se enquadra na heteronorma a partir de um quadro teórico que articula três dimensões da experiência sexual: integração, estratégia e subjetivação. Argumenta-se que a formação destas identidades pode ser mais bem compreendida segundo o eixo da subjetivação e, mais particularmente, na tensão que se estabelece entre este e o da integração. Isto acontece porque, entre os indivíduos que vivem para além dos limites convencionais da heteronorma, a experiência sexual constrói-se, inevitavelmente, em confronto com a mesma, gerando uma reflexividade que contribui para operar um distanciamento do indivíduo face a papéis e valores convencionais, problematizando-os ou, mesmo, adotando modelos alternativos.
Palavras-chave:
experiência sexual; identidade sexual; sexualidades fluidas; integração, subjetivação, heteronorma; identidades queer; sociologia da experiência