Resumo:
O presente artigo, coloca em cena o protagonismo das mulheres P'urhépecha, em Cherán (Michoacán, México), na revolta em 15 de abril de 2011, em que elas conseguiram recuperar o território que havia sido ocupado pelo crime organizado, que devastou um terço das florestas. Conseguiram também restabelecer os canais de comunicações, conformados por estruturas socioculturais comunitárias, que têm permitido fortalecer seu projeto autônomo, resgatando seus usos e costumes. Nesta pesquisa qualitativa, foram utilizados métodos etnográficos, entrevistas, história oral e a ferramenta de mapeamento corpo-território para uma análise a partir de uma abordagem de gênero. A contribuição deste estudo permite compreender a relação entre o feminismo indígena e a comunicação dos povos originários para a construção de modernidades alternativas.
Palavras-chave: Povos Indígenas; Feminismo; Comunicação; Movimentos Sociais; México